Você tinha uma cabeleira farta, mas, com o passar do tempo, vai notando que os fios saem da cabeça e vão ficando pelo caminho: na escova, no boxe do banheiro, no chão… E a quantidade é tanta que os fios começam a deixar falhas no couro cabeludo. Assustador, não? Mas muitas pessoas passam por essa situação. E, em alguns casos, a alopecia (perda dos cabelos) é resultado de doenças emocionais. “Fatores emocionais para queda de cabelo estão se tornando cada vez mais frequentes nos diagnósticos médicos. Pode acontecer por estresse e também como resultado de alguma alteração psíquica repentina, ou ainda, por um trauma que venha seguido por depressão profunda”, explica o psicanalista Paulo Miguel Velasco.
Segundo ele, existem algumas doenças que têm relação direta com queda de cabelo, entre elas a depressão profunda, o estresse emocional, o TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) e a depressão pós-parto.
E isso já foi comprovado cientificamente!
Segundo a ciência…
Uma pesquisa realizada na Escola de Medicina Charité, de Berlim, em 2003, pela pesquisadora Petra Clara Arck, mostrou a relação entre o estresse e queda de pelos em ratos. Os animais foram expostos a estresse gerado por ultrassom.
O resultado demonstrou um término prematuro da duração normal do crescimento dos pelos; alterações das células que produzem o pelo, que é o componente epitelial mais sensível a agressões do folículo piloso; reações inflamatórias no bulbo pilar, o que reflete uma ativação da imunidade contra o mesmo. Ou seja, o estresse psicoemocional tem influência efetiva sobre o ciclo de atividade do folículo piloso e realmente pode causar queda de cabelos.
Não significa que toda perda de cabelo seja resultado do estresse, mas é preciso levar esse fator em consideração na hora de investigar as causas da alopecia.
Causas para a queda de cabelo
*Genética (o problema passa de pais para filhos)
*Má-alimentação (falta de vitaminas)
*Doenças ou cirurgias de grande porte
*Anemia, deficiência de zinco ou de magnésio
*Fumar
*Período pós-parto (2 a 4 meses, em média, após o parto)
*Tratamento quimioterápico (pode levar a uma perda geral e total de pelos e outros anexos da pele, em homens ou mulheres, fazendo com que fiquem carecas. Algum tempo após o final do tratamento, os cabelos crescem novamente e voltam ao seu normal).
Como diagnosticar?
O primeiro passo é procurar um dermatologista. Ele deverá levantar todas as possibilidades físicas na queda de cabelo – de hereditariedade a falta de vitaminas e minerais. No entanto, o ideal é avaliar a sua vida atual: nível de estresse, fatores que têm abalado o seu equilíbrio emocional e disposição para o enfrentamento da vida. A busca por um psicólogo também vai ser importante nesse momento, pois ele poderá detectar as alterações emocionais. “Além dos tratamentos médicos convencionais, a psicoterapia pode também neutralizar os efeitos do estresse e da ansiedade, quando estes forem os causadores da queda de cabelo”, explica Paulo.
Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Paulo Miguel Velasco, psicanalista
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