A inexperiência na maternidade deixa os pais cheios de dúvidas e capazes de armar uma “tempestade em copo d’água” ao menor sinal de que algo está estranho com seu filho. A solução, muitas vezes, é correr para o pediatra! Mas, pare e pense: os motivos são realmente graves? A visita ao hospital vai ajudar o pequeno? Para orientá-la, uma especialista exemplifica situações comuns do dia-a-dia, mostrando quando o pediatra deve ser acionado ou quando você mesma pode resolver o problema sem neuras ou medo de que o filhote não fique bem.
Algumas situações da rotina
Febre: seu filho está mais quentinho, o que fazer? “Em primeiro lugar, precisamos definir o que é febre: é quando a temperatura do corpo está acima de 37,8 graus. Pode ser um sintoma grave ou não, depende muito da situação”, explica Maria Helena Bussamra, médica pediatra e pneumologista. A febre é um fator preocupante quando acontece em recém-nascidos de até três meses. Neste caso, a solução é correr para o pronto-socorro. No entanto, toda vez que surgir esse problema, os pais devem ficar atentos para perceber se esse não é um sintoma de reação, como em caso de vacinas. Em crianças maiores, procure notar se a febre está acompanhada de outros sintomas.
Cólica: engana-se quem pensa que a cólica é uma doença. “É apenas uma etapa do desenvolvimento da criança”, diferencia Maria Helena. Ela pode ser evitada com uma boa técnica de amamentação, fazendo com que o bebê abocanhe toda a aréola do seio da mãe, e não somente o bico do peito, o que impede a passagem de ar durante a mamada. Outras dicas são as massagens no abdômen da criança, fazer o já conhecido “movimento de bicicleta” com suas perninhas ou até mesmo dobrá-las, levando as coxas até a barriguinha. Só em último caso é recomendada medicação, receitada por um profissional, claro!
Resfriado: ele vem acompanhado de sintomas como coriza, espirros e tosse. De acordo com a especialista, a princípio não é necessário medicamento, pois o próprio corpo da criança é capaz de resolver o problema. Nesse caso, a mãe pode higienizar as narinas do pequeno com soro fisiológico, pingando algumas gotinhas da solução. “Apenas fique atenta aos sintomas que acompanham esse resfriado, como a febre. Se não melhorar em até cinco dias, peça ajuda ao pediatra”, atesta Maria Helena.
Quedas: tão comuns como nascer os cabelos são as quedas das crianças, principalmente quando estão aprendendo a dar seus primeiros passos. Quando acontecer, a primeira medida é observar a altura em que a criança estava: se a posição não for maior que a estatura do pequeno, tudo bem! Em alturas maiores, observe se a criança continua normal. Aos sinais de sonolência excessiva ou vômitos, vá ao pronto-socorro.
Diarreia: é uma agressão ao intestino e pode durar de sete a dez dias. Quando acontece, recomenda-se aumentar a ingestão de líquidos para hidratar o corpo. “Se vier acompanhada de vômitos e a criança tiver com a moleira e com os olhos fundos, procure um profissional. Isso pode ser um sinal de desidratação, que costuma ser bastante perigosa para o bebê”, acentua Maria Helena.
Consultoria Maria Helena Bussamra, médica pediatra e pneumologista
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