No decorrer dos anos, muitos pesquisadores tentaram encontrar técnicas para melhorar a condição e proporcionar mais qualidade de vida às pessoas com síndrome de Down. Confira algumas novidades sobre o assunto:
Longe da obesidade
Para verificar a influência dos hábitos alimentares em pessoas com síndrome de Down, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) analisaram 105 estudantes, entre nove e 59 anos, durante cinco dias. Eles utilizaram medidas como circunferência abdominal e o Índice de Massa Corporal para levantar dados. Além disso, os pais ou responsáveis responderam um questionário sobre a frequência alimentar dos alunos. Posteriormente, foram realizadas intervenções educativas divididas em três partes: motivação, exibição de vídeo sobre educação nutricional e atividades lúdicas . Por meio dos resultados obtidos, concluiu-se que metade dos estudantes apresentou sobrepeso ou obesidade desde a infância.
Equoterapia
Além de métodos educativos, meios alternativos passaram a figurar como possíveis aliados nos tratamentos. Dentre eles, está a equoterapia: prática que utiliza cavalos em uma atividade multidisciplinar. Para comprovar a eficácia dessa técnica em pessoas com Down, duas pesquisadoras da Faculdade de Pindamonhangaba, no interior de São
Paulo, realizaram uma revisão de literatura do assunto. Com isso, identificaram que a equoterapia acelera o desenvolvimento de crianças com a síndrome, melhora o equilíbrio estático e dinâmico, a postura e a coordenação motora, além de fortalecer a musculatura.
Síndrome de Down e a tecnologia
Para muitos pais e responsáveis, estimular o desenvolvimento da criança com síndrome de Down parece uma tarefa complexa e cheia de obstáculos. No entanto, um novo aliado pode estar mais próximo de que se imagina – e cabe na palma da mão! Estudantes do curso de informática da Escola Técnica Estadual (Etec), em Franco da Rocha (SP), criaram um aplicativo para celular voltado ao desenvolvimento das crianças que têm a síndrome. Com a ajuda da personagem Thaisinha, os pequenos podem acessar inúmeras atividades, como desenho livre e jogo da memória. O app, chamado PlayDown, está disponível gratuitamente para aparelhos com plataforma Android e é uma opção lúdica e acessível para desenvolver a memória, a coordenação motora e a autonomia.
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Texto: Vitor Manfio/colaborador – Edição: Natália Negretti