Rainha do posto de vitamina mais famosa, a vitamina C é recorrente quando o assunto são gripes e resfriados. Mas o que pouca gente sabe é que a substância – também em companhia de outras – faz um bem danado a várias funções do organismo. Chamada de ácido ascórbico e vitamina antiescorbútica, a vitamina C não é sintetizada pelo organismo, o que significa que precisa ser ingerida de fontes externas para cobrir as necessidades do nutriente.
De tudo um pouco
A vitamina C pode ser considera versátil, já que auxilia de diversas maneiras o metabolismo. Entre elas: saúde dos dentes e gengivas; absorção de ferro; síntese de ácidos biliares, neurotransmissores, hormônios e proteínas; fortalecimento da imunidade e como antioxidante, atenuando a ação dos radicais livres e contribuindo, assim, para evitar doenças crônicas.
“Ela participa também da síntese de substâncias essenciais para o bom funcionamento do cérebro, como a serotonina”, lembra a nutricionista Maria Fernanda Elias. A fama no combate aos resfriados e gripes se deve ao seu poder imunológico.
Muito além da laranja
Pensar em vitamina C é remeter a frutas com cores cítricas. Não é à toa, já que o nome “cítrico” vem da base da vitamina, isso é, do ácido. Entretanto, além da laranja, kiwi, limão e abacaxi, alguns outros alimentos também são fonte da substância. É o caso da groselha, pimentão, morango, tomate e goiaba. Porém o posto de alimento número 1 pertence à acerola. A frutinha contém 1.174mg em uma porção de 70g, enquanto a laranja apresenta 116mg em 220g.
A melhor maneira
O nutriente é sensível a calor, luz e oxigênio, podendo até desaparecer completamente, dependo do longo armazenamento ou cozimento. Por isso, o indicado é consumir os alimentos crus e logo após o manuseio. “O ideal é sempre descascar as frutas na hora que for consumir, por exemplo”, destaca a especialista.
A combinação de ingestão com outros antioxidantes, como a vitamina E, tonifica essa propriedade da vitamina C. Já as vitaminas do complexo B podem ter efeito de poupança do ácido. Nem tanto Consumir mais de 2.000mg da vitamina por dia pode levar a algumas complicações.
“Há uma quantidade limite para o corpo humano estocar vitamina C por vez. Doses acima de 1.500mg acabam se perdendo na urina”, ressalta a nutricionista. A mesma dosagem pode ainda provocar acidez estomacal, indigestão, inibir a absorção de nutrientes essenciais ao organismo, como a vitamina B, e agir como agente oxidante, causando exatamente aquilo que, em doses normais, consegue evitar.
Cápsula pode?
É possível encontrar a vitamina em diversos tipos de suplementos, como as famosas pastilhas. “A suplementação pode ser indicada quando o indivíduo não tem condição de manter uma dieta equilibrada, por questões de saúde ou de estilo de vida”, explica Maria Fernanda.
Cosméticos
A vitamina C é a protagonista na produção de colágeno, que dá estrutura aos músculos, ossos e cartilagens, além de firmar a pele. Por causa dessa última função, algumas indústrias fabricam cosméticos à base da substâncias. Porém, o sucesso desse uso externo ainda não foi comprovado.
E o escorbuto?
Talvez pelos inúmeros livros sobre o desbravamento da América por meio de viagens longas e com fraca alimentação, ouvimos muito sobre a importância da vitamina C no combate ao escorbuto, porém, os casos já não são recorrentes. “Hoje em dia, a doença é raramente observada em países desenvolvidos”, esclarece a nutricionista.
Consultoria: Maria Fernanda Elias, nutricionista mestre em saúde pública e doutoranda em nutrição humana aplicada pela Universidade de São Paulo (USP)
Texto: Redação Alto Astral
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