O próprio nome já é sugestivo: microcefalia (do grego: mikrós = pequeno; kephalé = cabeça) é uma condição neurológica em que a cabeça e o cérebro do recém-nascido são menores do que o tamanho considerado normal para a sua idade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os bebês com essa malformação congênita nascem com um perímetro encefálico inferior a 33cm, medida utilizada como o padrão.
Em situações normais, o crescimento se dá entre 7cm a 8cm nos primeiros seis meses de vida, até alcançar cerca de 47cm no final do primeiro ano de vida. Vale lembrar que o valor diz respeito apenas a crianças nascidas a termo (com nove meses de gravidez). No caso de prematuros, os números citados acima mudam e dependem da idade gestacional em que ocorre o parto.
A microcefalia pode ter duas classificações: uma delas é considerada como sendo primária, a qual ocorre quando os ossos do crânio se fecham durante a gestação, até os sete meses de gravidez – a fusão prematura dos ossos do crânio é chamada de craniosinostose. Por sua vez, a outra classificação, a secundária, acontece quando a estrutura óssea se fecha na fase final da gravidez, ou ainda, após o nascimento do bebê.
Nitidamente, as crianças atingidas pela condição neurológica possuem problemas que ultrapassam a questão estética. Afinal, além da desproporção da face e caixa craniana, a fontanela (popularmente conhecida como moleira), espaço macio e membranoso que separa os ossos da cabeça, se fecha prematuramente, impedindo que o cérebro do recém-nascido cresça e desenvolva suas capacidades de maneira uma natural.
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Texto Bruno Ribeiro/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador