Se uma pessoa sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) na sua frente, você saberia identificar e prestar os primeiros socorros? É importante saber que a doença é uma das que mais provocam mortes entre a população brasileira – e o socorro imediato é fundamental e decisivo para o processo de recuperação. Isso porque a agilidade na assistência pode evitar sequelas graves que irão afetar diretamente a qualidade de vida do paciente.
Primeiros socorros
O primeiro passo ao perceber que uma pessoa está tendo um AVC é manter-se calmo para poder ajudá-la de maneira correta. Segundo o neurocirurgião Eduardo Barreto, o socorrista deve seguir as seguintes recomendações:
- Ligue para a emergência imediatamente.
- Verifique se a pessoa não engasgou e se está respirando com facilidade. Caso não, inicie a massagem cardíaca para aumentar as chances do paciente sobreviver.
- Acalme o paciente e coloque-o deitado, à espera de socorro médico. “Em caso de dificuldade respiratória, vire-o de lado para evitar que ele engula algum líquido (vômitos) ou outras secreções para os pulmões”, afirma Eduardo.
- Cheque a pressão e o ritmo cardíaco do paciente. “Por vezes, arritmias cardíacas provocam ou simulam situações semelhantes ao acidente vascular cerebral”, comenta o neurocirurgião.
- Veja se a pessoa faz uso de medicamentos ou se tem relação de remédios de uso contínuo. “Nos casos em que há fatores predisponentes como diabetes ou alguma doença arterial, verifique se a pessoa está com a pressão controlada, se fez uso de seus medicamentos, ou se a glicose está baixa demais, o que pode inclusive levar à convulsão”, indica o profissional.
- Não dê nenhum medicamento para quem está sofrendo um AVC. “O uso de analgésicos poderá afetar a função renal, o coração e a coagulação. Não há medicamento disponível em farmácia para o tratamento do AVC. Os remédios específicos são de uso exclusivo de hospitais”, ressalta o neurologista Custódio Michailowsky.
- Não ofereça nenhum tipo de alimento líquidos ou sólido, pois o indivíduo poderá vomitar e, consequentemente, aspirar para os pulmões; Outra recomendação é ir conversando com o paciente, mesmo que ele não responda, para verificar o estado de lucidez.
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Texto Julia Bacelar/Colaboradora | Consultoria Custódio Michailowsky, neurologista; Eduardo Barreto, neurocirurgião especialista em Coluna Vertebral e Dores Crônicas.