A pressão alta afeta 5% dos 70 milhões de crianças e adolescentes no Brasil. Isso representa 3,5 milhões de crianças e adolescentes, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Diversos fatores contribuem para essa estatística. Os hábitos infantis mudaram ao longo das últimas décadas.
As crianças passam a maior parte do tempo em frente ao computador e videogame, deixando de brincar em atividades que proporcionam gasto de energia. A alimentação também se modificou. A dieta com alimentos industrializados, alto teor de gordura e maior quantidade de sódio contribui para o excesso de peso.
No entanto, sedentarismo e má alimentação não são as únicas causas da hipertensão infantil. A doença é transmitida dos pais para os filhos. Problemas como diabetes tipo 1 e mau funcionamento dos rins também contribuem para a elevação da pressão arterial.
Sintomas e Diagnóstico
A criança não apresenta sintomas de hipertensão, segundo o cardiologista Sírio Hassem Sobrinho, do Instituto do Coração (Incor) de São José do Rio Preto-SP. No entanto, quando eles aparecem, é comum dor de cabeça, distúrbios visuais, edemas (inchaços), urina espumosa ou com sangue, e aumento do abdome.
A hipertensão na infância é detectada através da medição da pressão arterial pelo pediatra. É indicado começar a fazer o exame a partir dos 3 anos. Só é caracterizada como hipertensão se a criança apresentar, por 3 vezes, índices superiores aos recomendados para sua saúde. Uma dieta saudável e balanceada e a prática de exercícios físicos são as melhores maneiras de tratar o problema.
Alimentação saudável
A primeira recomendação é comer 6 vezes ao dia, sendo 3 refeições maiores e 3 leves. Evitar alimentos industrializados e usar o sal light também é fundamental. A nutricionista Bruna Joaquim Carneiro dá a dica para a dieta das crianças com hipertensão. “Invista em leite e derivados desnatados que são ricos em cálcio, e selecione frutas ricas em potássio, como banana, lima da pérsia e água-de-coco”.
Os alimentos devem ser preferencialmente preparados em casa. “Para variar a alimentação das crianças, prepare lanches com pão integral, requeijão light, peito de frango, atum, lagarto (feitos em casa)”, indica Bruna. Em relação aos doces, o melhor é consumir os que são à base de frutas. “Prefira salada de frutas, banana com aveia e canela e gelatina. Ao preparar bolos, coloque aveia e castanhas na massa. Troque o sorvete pelo açaí”, complementa a especialista.
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Consultoria: Sírio Hassem Sobrinho, cardiologista do Incor de São José do Rio Preto – SP; Bruna Joaquim Carneiro, nutricionista
Texto: Redação Alto Astral