Outdoors, anúncios em traseiras de ônibus, sinais luminosos, “santinhos” em época de eleições… É certo que, principalmente nas grandes cidades, há poluição visual espalhada por todos os lados e nem precisa de muita concentração para reparar — aliás, essa habilidade cognitiva é uma das mais prejudicadas nisso tudo.
Como afeta o cérebro?
Não é nenhuma surpresa que, com tantas informações geradas pela poluição visual, como propagandas, o cérebro humano seja impactado de alguma forma.
A neurologista Julianne Tannous explica que, com os vários elementos que poluem visualmente, o funcionamento cerebral é afetado, já que a concentração se divide entre diversos estímulos. “Assim sendo, quando a atenção é prejudicada, há o consequente prejuízo na memória e no aprendizado, uma vez que estes dependem diretamente da atenção para que tenham seu processo iniciado”, conta a especialista.
Poluição em menor escala
A poluição visual não é um problema exclusivo de quem vive em cidades. Diminuindo as proporções, podemos encontrar situações com elementos que também causam distrações e ocupam a mente com informações desnecessárias, como um ambiente de trabalho desorganizado.
Nesses casos, é possível ter um controle maior sobre o cenário, basta colocar o cérebro e a bagunça em ordem. Segundo a consultora em organização Yolanda Hollaender, “algumas pessoas têm a falsa ideia de que ter à vista tudo o que precisam pode ajudá-las na hora de fazer um relatório ou elaborar um projeto”. E isso, gradualmente, pode causar um estresse sem propósito, uma vez que fica difícil achar qualquer item em meio a tantos outros, afetando toda a produtividade.
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Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Consultorias: Julianne Tannous, neurologista; Yolanda Hollaender, consultora em organização de ambientes residenciais e corporativos, com certificação pela empresa OZ! Organize sua Vida; sócia-fundadora da Associação Nacional de Profissionais de Organização e Produtividade (ANPOP) e coordenadora da Oficina de Suporte aos Problemas de Desorganização.