Antigamente, não importavam as condições: casamento era para sempre. Hoje, as pessoas priorizam a qualidade das relações e, quando o casal não vive bem, acaba se separando. Entretanto, isso não significa ficar sozinho, em qualquer faixa etária.
Amor não tem idade
Para a psicóloga Andréia Calçada, os conceitos de casamento mudaram muito e as pessoas passaram a acreditar que nunca é tarde para encontrar uma relação que as complete. “Após os 50 anos, os objetivos estão mais vinculados a um parceiro de vida, uma companhia para viver junto o envelhecimento”, avalia. Ela destaca que as relações tendem a ser mais tranquilas: sem precisar investir tanto na carreira e planejar filhos, por exemplo, é possível ter uma rotina mais estável, voltada para o bem-estar e o prazer do casal. Na opinião da especialista, os objetivos em comum são tão importantes que podem surgir problemas quando pessoas de faixas etárias muito diferentes se casam. Aí, é preciso ainda mais disposição para afinar as ideias.
Relações maduras
É verdade que quem sai de um casamento carrega uma bagagem recheada de hábitos, traumas e, geralmente, a influência dos filhos, alguns problemas com o ex-parceiro… Mas também leva experiências valiosas que ajudam a não cometer os mesmos erros, ter mais jogo de cintura diante de grandes problemas e prevenir os desgastes desnecessários. Para aproveitar esse diferencial, é importante ter paciência durante a fase de adaptação, investir no afeto e não permitir que o passado pese sobre a nova relação. Além disso, é imprescindível valorizar a boa convivência, afinal, espera-se que pessoas mais maduras escolham pares com gostos e visões de mundo semelhantes às suas. Há outros segredos para dar certo? “Respeito ao limite do outro, muito diálogo e flexibilidade, bem como capacidade para mudar”, aponta a psicóloga.
Começar de novo em um segundo casamento
- É normal se sentir meio enferrujada na paquera depois de passar muitos anos casada e, de repente, se ver solteira. A dica é procurar por grupos em que se sinta acolhida.
- “É preciso viver: sair de casa, se divertir, ter prazer, fazer amigos… Encontrar alguém é consequência de estar bem e estar no mundo, sem vergonha e sem preconceitos”, aconselha a psicóloga.
- E quando a família não aceita o namoro? Lembre que os filhos sentem mais liberdade quando os pais têm vida própria. “Normalmente, quem não refaz a vida após a separação vive muito em função dos filhos, gerando uma sobrecarga. Mostre aos poucos suas necessidades e desejos. E apresente o namorado de forma cuidadosa”, recomenda.
Consultoria: Andréia Calçada, psicóloga e psicoterapeuta
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