Apesar da relação do zika com os casos de microcefalia, as pesquisas procuram respostas para a pergunta: como o vírus passa da mãe para o bebê? A USP reuniu um grupo de pesquisas para estudar a relação dos casos de infecção e os da anomalia e como ocorre a transmissão do vírus entre a gestante e o filho.
Serão acompanhadas cerca de seis mil grávidas durante os próximos meses. Os resultados do estudo, no entanto, devem ser concluídos e apresentados apenas no final de 2017 e entre eles será possível identificar qual o período de maior risco para a paciente e em qual mês é causado os casos de microcefalia, se tal associação for confirmada.
O grupo de pesquisadores da USP pretende revelar se a infecção assintomática é capaz de prejudicar o feto e qual a porcentagem de mães que tiveram zika, tem os fetos com microcefalia. Os casos de zika crescem em todo o mundo, por ser um quadro preocupante, existem diversas correntes de pesquisas na tentativa de desvendar o misterioso vírus. Nos Estados Unidos foi detectado um caso de zika transmitido por relação sexual, agravando o cenário de contágio.
Pesquisas recentes da Fundação Oswaldo Cruz detectaram a presença do vírus na saliva e na urina, porém, ainda não é possível comprovar se é possível transmitir o vírus por esses meios. Outra associação que está sendo feita ao zika é a síndrome neurológica de Guillain-Barré. A doença atinge o sistema nervoso e pode provocar paralisia. Estudos também já seguem essa frente de pesquisa. Mas nunca é demais repetir: essa é uma epidemia nova, sobre a qual ainda há muito a estudar.
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Texto: Jaqueline Galdino/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador