Um dos quadros neurodegenerativos mais conhecidos por muita gente é o Parkinson. De acordo com a OMS, 1% das pessoas com mais de 65 anos em todo o mundo tem a doença. No Brasil, os números ultrapassam os 200 mil casos atualmente.
A neurologista Fernanda Leal Suzano afirma que o Parkinson é considerado uma “doença do sistema nervoso central, neurodegenerativa, caracterizada por distúrbios de movimento e incluída entre as mais frequentes enfermidades neurológicas”.
Fernanda também pontua que a preocupação de autoridades ligadas à saúde pública e, principalmente, de pessoas com idade mais avançada está relacionada ao comprometimento do sistema motor — sinal mais conhecido do quadro —, mas destaca que outras funções podem ser afetadas, como a cognição e questões psicológicas/psiquiátricas.
Ainda não se sabe ao certo os fatores que dão origem à doença, mas os avanços científicos apontam para algumas hipóteses. “A causa do Parkinson não está esclarecida, porém, supõe-se a participação de mecanismos ligados ao desenvolvimento de uma patologia, como neurotoxinas, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais, excitotoxicidade e fatores genéticos”, detalha Fernanda.
É possível adiar os efeitos do Parkinson?
Assim como o Alzheimer, não existe um método totalmente eficaz para evitar ou curar um paciente com Parkinson. Mas manter-se atento a alguns sinais pode ser fundamental para que o quadro não se agrave:
Apesar de os tremores em membros do corpo serem os sinais mais conhecidos, o sintoma mais característico é a dificuldade para se movimentar. Então, caso note uma lentidão anormal, procure um médico. Além disso, praticar atividades físicas e fazer fisioterapia podem evitar a rigidez dos músculos.
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Consultorias: Fernanda Leal Suzano, neurologista no Hospital Estadual de Urgência e Emergência de Vitória (ES); Vanessa Muller, neurologista e diretora médica na VTM Neurodiagnóstico, no Rio de Janeiro (RJ).
Texto: Vitor Manfio/Colaborador – Entrevistas: Victor Santos – Edição: Augusto Biason/Colaborador