Os tipos de deficiência intelectual possuem diferenças expressivas entre si e cada uma delas pode se manifestar de maneira distinta nos portadores. Sendo assim, além de contar com o acompanhamento de profissionais como psicólogos e fonoaudiólogos, os professores devem se valer de muita dedicação e sensibilidade para conhecerem a criança e adquirirem a percepção de ritmo, limites, necessidades e estratégias que funcionem ou não.
As atividades pedagógicas devem ser adaptadas, inclusive, para as condições do aluno com deficiência intelectual, e não de acordo com a faixa etária, já que, normalmente, eles apresentam um comportamento que não corresponde a real idade.
O foco da escola, assim como dos pais, deve ser os avanços nos conceitos gerais, nas habilidades de convivência e autocuidado ao invés dos assuntos relacionados às matérias regulares.
De acordo com Renata Alves Paes, professora do curso de psicologia da Anhanguera de Niterói, as atividades pré-escolares e lúdicas auxiliam muito no desenvolvimento, pois estimulam criatividade, funcionamento executivo, psicomotricidade, habilidade motora fina, memória e percepção, dentre outras.
“As principais atividades são pinturas, desenhos, recorte e colagem, massinha, caixa de areia, quebra cabeça, atividades manuais e artesanais, além das atividades físicas, que também são fundamentais”, afirma a profissional.
Os mesmos princípios aplicados em casa devem ser pensados pelos professores: maneiras de estimular a comunicação, promover o trabalho em grupo por meio de exercícios que envolvam o contato com os colegas e estratégias para ampliar a concentração, como jogos da memória, de tabuleiro e quebra-cabeças. Para manter o foco da criança, um ambiente organizado e o estabelecimento de regras e rotinas são aspectos muito importantes.
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Texto e entrevista: Érika Alfaro – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Renata Alves Paes, professora do curso de psicologia da Anhanguera de Niterói