O jogador de futebol Neymar se envolveu em mais uma polêmica. Ele, que é pai de Davi Lucca, de 5 anos, compartilhou uma imagem em suas redes sociais durante um banho com o filho.
Repercussão e polêmica
Alguns seguidores de Neymar não reagiram bem em relação a imagem, já outros, defenderam a prática, o que causou frenesi nas redes sociais. O futebolista não se manifestou sobre a polêmica.
Devo tomar banho com meu filho?
De acordo com a psicóloga Marina Vasconcellos, especialista em psicodrama terapêutico e terapeuta familiar, não há problema em pais que tomam banho com os filhos pequenos. “O contato é algo muito importante: o afeto, o tato, o pegar, abraçar é necessário para criança, pois o afeto se desenvolve a partir do contato físico“.
Marina ainda aponta que, em relação a foto de Neymar, o problema não está no banho, mas sim na exposição que o jogador fez na mídia, de um momento particular da relação pai e filho.
O banho pode ser um momento feliz do relacionamento entre pais e filhos. Se não houver nenhum tipo de constrangimento entre nenhuma das partes, a prática é considerada algo saudável, especialmente porque fortalece o vínculo afetivo, assim como outras ações físicas, como a amamentação, o carregar no colo, que acontecem desde os primeiros meses de uma criança.
A especialista Marina Vasconcellos explica que não é algo imprescindível para o desenvolvimento afetivo, mas se os pais optarem pelo banho com os filhos, não há problemas desde que seja de uma forma saudável e natural.
Como proceder em relação as dúvidas da criança?
Muitas crianças fazem perguntas em relação a anatomia do corpo humano, especialmente ao terem o contato visual com o corpo dos pais no banho.
De acordo com a psicóloga, caso a criança pergunte algo para os pais, como o motivo de as partes íntimas serem diferentes entre homens e mulheres, as dúvidas devem ser sanadas como algo natural. O questionamento acontece já que crianças estão em processo de descobrimento do mundo. Mas não é necessário que os pais digam nada a mais do que a criança precisa saber.
ALERTA: Quando a prática não deve ser feita
De acordo com Marina, a idade considerada aceitável para que a prática do banho entre pais e filhos aconteça, no máximo, é até que a criança entre na fase da puberdade. Entretanto, o recomendado é que assim que o filho aprenda a tomar banho sozinho, os pais interrompam o ato, porque isso contribuiu também para a independência da criança.
A especialista aponta que o problema não é o banho entre pais e filhos, e sim quando há sexualização do ato. A prática deve ser vista de maneira inocente e natural. Se houver desconforto, o banho não pode ser realizado, porque isso caracteriza uma violência contra a criança.
A psicóloga resume que a prática é uma escolha familiar e que pode fazer bem, assim como muitas atividades entre pais e filhos, mas aponta: “bom-senso é algo importantíssimo, assim como limites para a intimidade“.
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Fonte: Marina Vasconcellos (Psicóloga pela PUC–SP, Especialização em Psicodrama Terapêutico pelo Instituto Sedes Sapientiae, Psicodramatista Didata pela Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP) e Terapeuta Familiar e de Casal pela UNIFESP).