Pesquisa recente publicada no Diabetologia (revista da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes) mostrou que as crianças possuem chances de terem obesidade infantil, caso a mãe tenha tido obesidade gestacional durante a gravidez. “A obesidade infantil aumentou dramaticamente, tanto nos países desenvolvidos, quanto nos países em desenvolvimento. Os fatores ambientais pré-natais, perinatais e pós-natais têm impacto direto sobre a obesidade infantil. Alguns estudos descobriram que a exposição intrauterina ao diabetes mellitus gestacional (DMG) coloca os descendentes em risco aumentado de resultados adversos de longo prazo”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski.
O diabetes gestacional foi diagnosticado de acordo com os critérios do American Diabetes Association (ADA) ou da OMS. Altura e circunferência da cintura foram medidas, usando métodos padronizados. O peso e a gordura do corpo foram medidos utilizando um analisador de composição corporal portátil. “O risco aumentado para as crianças de mães com diabetes gestacional em comparação com mães que não tinham diabetes gestacional foi de 53% para obesidade”, destaca o médico.
Os autores afirmam que: “os mecanismos pelos quais a exposição ao diabetes no útero aumentam o risco de obesidade dos descendentes não são completamente compreendidos. A exposição ao diabetes materno está associada com excesso de crescimento fetal intrauterino, possivelmente, devido a um aumento da massa e da gordura fetal e das alterações nos níveis hormonais fetais”. O diabetes gestacional pode também influenciar a genética fetal, de forma a influenciar a expressão de genes que dirigem a acumulação de gordura corporal ou do metabolismo relacionado.
Consultoria Moises Chencinski, pediatra e homeopata
Leia também:
- Diabetes infantil: saiba mais sobre a doença que também afeta crianças
- 8 perguntas sobre diabetes gestacional
- Exercícios para fazer durante a gravidez