O site feminista Think Olga criou uma lista com a finalidade de reconhecer e ampliar o trabalho de centenas de mulheres inspiradoras. De acordo com o site, o objetivo é “combater a falta de reconhecimento de trabalhos protagonizados e desenvolvidos por mulheres“.
A ideia, que nasceu em 2013, hoje já reúne mais de 200 nomes de mulheres, separados por temas como ativismo e cidadania, esportes, música, empreendedorismo, comunicação e arte. Confira 24 mulheres incríveis e inspire-se você também!
Ativismo e Cidadania
1. Fernanda Vicente
A jornalista Fernanda Vicente idealizou o projeto Mães no ENEM, uma plataforma que ajuda as mães que estão se preparando para prestar o ENEM com mulheres que se dispõem a cuidar de seus filhos, para que elas possam ter tempo de estudar. O site já tem mais de 150 voluntárias em 19 estados brasileiros.
2. Maria Clara de Sena
Maria Clara de Sena alcançou um posto inédito ao se tornar a primeira mulher transexual a assumir um cargo no Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura do Governo do Estado de Pernambuco, um grupo que procura denunciar a violência nas cadeias. Ela venceu o Prêmio Cláudia 2016 na categoria Políticas Públicas, e também ajuda mulheres transexuais encarceradas vítimas de violências.
Arte e entretenimento
3. Letícia Sabatella
A atriz Letícia Sabatella ofereceu oficinas de teatro para ajudar haitianos refugiados, que atuaram na peça Haiti Somos Nós. A participação deles procurou mostrar as dificuldades que enfrentam, como xenofobia, discriminação e desemprego.
4. Queen Latifah e Uzo Aduba
As atrizes norte-americanas Queen Latifah e Uzo Aduba foram premiadas como Melhor Performance Feminina e melhor atriz de série de comédia, respectivamente. As duas ganharam repercussão por terem recebido o prêmio logo depois de um discurso emocionante da atriz Viola Davis, que denunciou a falta de valorização das mulheres negras no entretenimento.
Internet e Mídias Sociais
5. Helen Ramos
Jornalista e mãe solteira, Helen criou o canal no youtube Hel Mother, usando os vídeos para mostrar as dificuldades de ser mãe solo e discutir alguns tabus, como sexo casual e amizades. O canal já tem mais de 23 mil inscritos.
6. Jéssica Tauane e Débora Baldin
Criadoras do canal no Youtube Canal das Bee, elas lutam contra a discriminação com os grupos LGBT. Jéssica e Débora também criaram a campanha Bee Ajuda, em que buscam conseguir acolhimento psicológico gratuito para pessoas LGBT que tenham sofrido preconceito.
7. Joyce Fernandes
Também conhecida pelo nome artístico Preta Rara, Joyce Fernandes é uma ex-empregada doméstica que criou uma página no Facebook, Eu Empregada Doméstica, para denunciar casos de violência e racismo sofridos por ela e outras mulheres que trabalham no ramo. Joyce está criando uma campanha de financiamento coletivo para lançar o o livro #EuEmpregadaDomestica – Nossa Voz Ecoa.
Comunicação e Audiovisual
8. Débora Prado
Pesquisadora e editora executiva, Débora ajudou a coordenar a criação do Dossiê Feminicídio, por meio da Agência Patrícia Galvão (do Instituto Patrícia Galvão), reunindo dados e pesquisas sobre o assassinato de mulheres no Brasil, com o intuito de combater o problema.
9. Renata Tupinambá
Jornalista, roteirista, poeta e produtora, Renata ajudou a fundar a Rádio Yandê, primeira rádio on-line indígena do Brasil. Ela fala sobre temas sociais e culturais e também divulga artistas indígenas de todos os estilos.
Educação
10. Abraço Cultural
O Abraço Cultural é uma plataforma que promove cursos de idiomas ensinados por professores refugiados de países ao redor do mundo, como latino-americanos, africanos e árabes. A ideia é ajudar a oferecer oportunidades de trabalho para essas pessoas e também trocar experiências culturais. Foi criado por Ligia Magalhães, Karina Noçais, Carolina Teixeira, Joana Fontana e Mari Garbelini.
Empreendedorismo
11. Ana Luisa Correard
A cineasta Ana Luisa decidiu criar, junto com a sócia Katherine Pavloski, a M’Ana – Mulher conserta pra mulher, uma empresa que oferece consertos domésticos para mulheres. A ideia surgiu depois de ter sido assediada por um entregador de gás. Além dos serviços, elas também dão cursos de manutenção doméstica básica.
Esportes
12. Isadora Cerullo
A jogadora de rúgbi da Seleção Brasileira Isadora Cerullo ganhou repercussão depois de ter sido pedida em casamento pela namorada Marjorie Enya, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Ela revelou em uma entrevista para a revista Época que é importante que as pessoas vejam essas manifestações de amor e aprendam a respeitá-las.
13. Rafaela Silva
A judoca Rafaela Silva conquistou o Brasil depois de trazer o primeiro ouro para o país nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Ela ganhou repercussão e sua história se tornou mais reconhecida, já que revelou as dificuldades de ser uma mulher negra, lésbica e nascida na periferia, lutando para superar o preconceito e seguir seu sonho no esporte.
Inspiração
14. Bela Gil
A chef de cozinha protagonizou uma série de polêmicas, mas se tornou inspiração para diversas mulheres com o seu canal no Youtube Canal da Bela, em que fala sobre alimentação saudável, parto humanizado e empoderamento feminino.
15. Lea T
A modelo ganhou repercussão ao se tornar a primeira mulher transexual a conduzir o Time Brasil na abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Em uma entrevista para o Estúdio i da Globo News, ela denunciou as violências que mulheres transexuais sofrem no país.
16. Paola Carosella
A chef de cozinha ganhou repercussão no Brasil ao se tornar jurada do programa Masterchef Brasil. Fora do programa, ela incentiva a alimentação saudável e o uso de alimentos orgânicos. Ela também apoiou os estudantes secundaristas de São Paulo (SP), cozinhando para os alunos que ocuparam as escolas contra o fechamento anunciado pelo governador Geraldo Alckmin.
Literatura
17. Mel Duarte
A poeta negra Mel Duarte ganhou o campeonato de poesia falada Rio Poetry Slam, e se tornou a primeira mulher a vencer essa competição internacional. Ela ganhou repercussão nas redes sociais com o vídeo emocionante de sua participação na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) deste ano.
18. Angela Davis
A filósofa norte-americana Angela Davis é um dos maiores símbolos da luta anti-racista do mundo. Uma das grandes representantes da luta pelos direitos civis e dos direitos das mulheres negras, teve seu livro Mulheres, Raça e Classe traduzido no Brasil esse ano.
Música
19. Rimas & Melodias
O Projeto Rimas & Melodias promove o encontro entre mulheres rappers, cantoras, DJs e produtoras. O objetivo é aumentar o espaço dessas artistas nos gêneros musicais e também na sociedade. É formado por Alt Niss, Drik Barbosa, Karol de Souza, Mayra Maldjian, Stefanie, Tássia Reis e Tatiana Bispo.
20. Ellen Oléria
A cantora Ellen Oléria lançou seu mais recente disco, Afrofuturista, com canções que falam sobre as vivências, ancestralidades e identidades negras.
21. Elza Soares
A cantora Elza Soares ganhou o prêmio de melhor álbum de música popular brasileira no Grammy Latino 2016 e de melhor álbum pela Academia Paulista de Críticos de Artes (APCA) e pelo Prêmio da Música Brasileira, com o disco A Mulher do Fim do Mundo. Graças à sua luta contra o racismo, também recebeu o prêmio Raça Negra.
Moda
22. Nátaly Neri
A youtuber e estudante de Ciências Sociais Nátaly Neri vem se tornando uma importante influenciadora digital com o canal Afro e Afins, em que fala sobre moda, empoderamento e a luta contra o racismo.
Política
23. Djamila Ribeiro
A filósofa Djamila Ribeiro fundou o Núcleo de Estudos de Gênero, Raça e Sexualidades, além de ter sido convocada para trabalhar como secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo. Seus textos e pesquisas falam sobre a luta anti-racista, as questões de direitos humanos e a mídia.
24. Maria da Penha Maia Fernandes
Em outubro, Maria da Penha Maia recebeu o prêmio Hors-Concours no 21º Prêmio Claudia, pelo seu combate à violência doméstica. Ela deu nome à lei “Maria da Penha”, que já completou 10 anos. Maria também pode ser uma das pessoas cotadas para o Prêmio Nobel da Paz 2017, segundo indicação do Congresso Nacional.
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