O câncer de ovário atinge mais de 250 mil mulheres por ano no mundo e é um dos mais difíceis de se identificar por conta da falta de sintomas e de exames de rotina capazes de descobrir a doença, com precisão, em estágios iniciais. Por isso, ele é o tipo de câncer com menor sobrevida nas mulheres. Veja mitos e verdades sobre o câncer de ovário e esclareça suas dúvidas!
Previous Next Existem três principais tipos de câncer de ovário - VERDADE. 1) Câncer Epitelial de Ovário: desenvolve-se a partir das células que cobrem a superfície externa do ovário. 2) Câncer de Células Germinativas do Ovário: o tumor de células germinativas do ovário se desenvolve a partir das células que produzem os óvulos. 3) Câncer Estromal do Ovário: ocorre a partir de células do tecido conjuntivo que mantêm os ovários juntos para a produção dos hormônios femininos estrogênio e progesterona - Foto: Shutterstock O câncer de ovário só acomete mulheres idosas ou após a menopausa - MITO. Ainda que a maior taxa de mortalidade da doença ser observada na sétima década de vida, a incidência do câncer de ovário começa a aumentar a partir dos 40 anos de idade, apesar de também ser diagnosticado em pacientes jovens - Foto: Pexels Microcistos no ovário e no útero podem evoluir para o câncer - MITO. Segundo o diretor médico da AstraZeneca, Marcelo Horácio, as lesões benignas permanecem benignas durante toda a sua evolução, e lesões malignas já surgem com o potencial de se dividir e se espalhar pelo corpo. Sendo assim, as lesões que são comprovadamente benignas não evoluem para um câncer - Foto: Pexels Mudanças nos hábitos de vida são capazes de prevenir o surgimento do câncer de ovário - VERDADE. Um dos principais fatores de risco para o câncer de ovário é a obesidade, portanto, ter uma alimentação saudável que promova o controle do peso é uma das estratégias para a prevenção da doença. Entretanto, existem fatores genéticos responsáveis pelo aumento do risco dos tumores, por exemplo, pessoas com mutações germinativas nos genes BRCA1 e 2, como o famoso caso da atriz Angelina Jolie, que optou pela retirada dos ovários e trompas de falópio - Foto: Pexels Endometriose é um dos fatores de risco para o câncer de ovário? - MITO. De acordo com Marcelo, a endometriose não representa um fator de risco para o câncer de ovário, ainda que existam controvérsias sobre a doença ser responsável pelo aumento de risco de tipos específicos de tumores de ovário. Os fatores de risco principais para câncer de ovário são: idade, obesidade, primeira gestação tardia (após os 30 anos), síndrome do ovário policístico, terapias de reposição hormonal após a menopausa, histórico familiar de câncer de mama, ovário e peritônio, além da presença de mutação hereditária em genes de predisposição ao câncer de ovário - Foto: iStock Dor na relação sexual é um dos sintomas de câncer de ovário - VERDADE. Apesar de assintomático em estágios iniciais, o câncer de ovário apresenta diversos sintomas nas fases mais avançadas da doença: dor abdominal, aumento do volume abdominal, perda de peso, fadiga, mudança no funcionamento do intestino e dor durante a relação sexual são alguns dos sintomas observados - Foto: iStock Mulheres que usam anticoncepcionais por muitos anos têm mais chances de ter câncer de ovário - MITO. Não. Na verdade, estudos recentes mostram que o uso de anticoncepcionais é um fator de proteção contra o câncer de ovário - Foto: Pexels Uma mulher diagnosticada com câncer de ovário não poderá ter filhos após o tratamento - MITO. Como a incidência de câncer de ovário ocorre, na maioria das vezes, em mulheres na pós-menopausa, esse cenário não é muito comum. Além disso, a grande maioria dos casos são diagnosticados em estágios avançados, nos quais a retirada dos órgãos genitais femininos é realizada durante a cirurgia de citorredução, inviabilizando a gravidez futura nesta paciente - Foto: Shutterstock Fonte: Marcelo Horácio, diretor médico da AstraZeneca (empresa biofarmacêutica global)
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