Mitomania é o nome dado para a compulsão em contar mentiras, aceitando-as como verdade. Deborah Secco participou de vídeo para o canal GIOH, comandado pela Giovanna Ewbank. Com o clima de papo entre amigas, a atriz confessou que mentiu muito e por tudo, durante muito tempo da vida.
Você sabe quando a mentira se torna uma doença? Quando não detectada e controlada, ela pode deturpar todo o dia a dia causando estresse, falta de confiança em si e dos outros, além de desvios de personalidade. Entenda mais sobre o problema, a seguir.
“Eu era uma pessoa viciada em mentir, doente”
Depois de um papo sobre o casamento com Hugo Moura e o nascimento da pequena Maria Flor, chegou o momento das perguntas dos internautas.
Deborah, você é viciada em mentir? “Eu não tinha nem pra quê mentir, mas eu mentia”, revelou a atriz Deborah Secco e completou “Quantas vezes eu já me ferrei…”
Isso levantou uma discussão sobre quando o hábito de mentir passa dos limites. Quando isso acontece, o nome dado é mitomania.
O que é mitomania
Entendida como um distúrbio de personalidade, a Mitomania ou Síndrome do Pinóquio, conhecida popularmente, é uma doença que faz com que a pessoa minta sem parar. Quem sofre com isso costuma inventar histórias que, no fundo, sabe que são falsas, mas gostaria que fossem verdadeiras. Às vezes, chega até a acreditar na “realidade inventada”.
A diferença entre alguém que “mente muito”
“A pessoa vira refém do comportamento de mentir, precisando fazê-lo sem limites para se sentir bem. Quando confrontada com a falsidade de suas afirmações, apresenta a capacidade de reconhecer a não-veracidade dela, porém, demonstra uma tendência compulsiva a repetir a mesma mentira ou a criar uma outra pouco tempo depois” explicou o psiquiatra Leonardo Gama Filho ao portal Guia da Semana.
Diferente de quem mente, mas tem consciência exata do que faz. Há pessoas que têm o hábito de mentir para se livrar de problemas ou situações, por exemplo. Isso vira uma mania ruim, mas ela não cai na ilusão do que falou. Sabe bem o que e pra quem foi dito, mesmo que com frequência.
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As causas para uma pessoa ser mitômana
A mitomania aparece, em geral, pela necessidade de atenção e de aceitação. Se o paciente não fizer um tratamento psicológico, pode até desenvolver transtornos mais sérios, como a depressão. Acredita-se, também, que a tentativa de se proteger de situações constrangedoras seja o pontapé do problema.
Os sinais de que alguma coisa está fora do controle
Segundo o Minuto da Psicologia, os principais sinais da mitomania são:
- As histórias que a pessoa conta não são ilusões e não são totalmente incertas, uma vez que muitas vezes têm traços de verdade;
- A tendência à mentira é prolongada, uma vez que é um traço de personalidade e não situações relacionadas ao ambiente social;
- As histórias e mentiras geralmente são descritas de forma positiva e favorável;
- A pessoa passa a acreditar que os eventos imaginados ocorreram, negando veemente que esses eventos são fantasias de sua mente.
Como tratar a Síndrome
Quem pode dar um diagnóstico preciso do distúrbio é um médico psiquiatra, após entrevistas e exames de comportamento. A família e os amigos mais próximos podem ajudar muito nesse processo.
Para tratar, são usados medicamentos e sessões psiquiátricas, mas não deixa de ser bem delicado. É um estilo de vida sendo levado, muitas vezes, durante anos, um hábito, uma mania e histórias enroladas uma na outra, atrapalhando a convivência. Receber um diagnóstico desse significa ter que reorganizar tudo o que foi construído até então e isso pode mexer muito com o paciente.
Por isso, tão importante quando o tratamento médico, é o apoio de quem entende e aceita as condições de quem sofre a doença.
A cura da mitomania: no Brasil, cara e demorada
A terapia pode levar a pessoa à alcançar a cura da mitomania, mas é preciso ter consciência de que isso leva tempo e investimento financeiro. No Brasil, o custo com profissionais dessa área costumam ser um pouco salgados, com preço médio de R$ 100 pra mais.
Pelo SUS, em geral os primeiros atendimentos são feitos por um médico psicólogo, que orientará e encaminhará para a psiquiatria. Entretanto, o processo é bastante demorado, já que a mitomania não é considerada uma doença de risco pelo Sistema Único de Saúde.
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Fontes: Tua Saúde/Guia da Semana/Minuto da Psicologia