Medicina integrativa para o tratamento de câncer: entenda sobre as diferentes formas de encarar a doença!

Cada vez mais integrar técnicas de relaxamento e de autocuidado aos tratamentos oncológicos garantem melhores resultados terapêuticos. Entenda como funciona a medicina integrativa para o tratamento de câncer e como esse processo pode fortalecer o paciente e favorecer o processo de cura como um todo.

- A medicina integrativa ajuda o paciente a encarar a doença de uma forma menos negativa e ajuda no tratamento convencional do câncer. FOTO: Shutterstock.com

Quando nos deparamos com um problema grande, muitas vezes desanimamos. Ainda mais em casos graves de doença, como o câncer, por exemplo. Mas você sabia que novas práticas podem ser a chave para superar os obstáculos? Isto é o que a medicina integrativa prega: é preciso tratar a doença e também as pessoas de uma forma global, fortalecendo-as física, mental e, por que não, espiritualmente para que estejam prontas para encarar a doença. “Ela não é uma especialidade médica, é uma forma de exercer a medicina. Um olhar que entende que a pessoa que está doente tem um conjunto de sintomas físicos e emocionais. Tem também o contexto familiar em que ela vive, a casa, o trabalho. E para que a gente tenha sucesso no tratamento é preciso abordar o paciente como um todo”, explica Regina Chamon, hematologista e médica especializada em medicina integrativa. Quer saber mais sobre medicina integrativa para o tratamento de câncer? Confira!

Conhecendo melhor a prática

Durante as consultas, o médico aborda a história pessoal do paciente e como a doença está impactando sua vida. “Além disso, trabalhamos alimentação, atividade física, fadiga, sono e também alteração do humor. Só depois de seguir esse caminho é que criamos um plano de autocuidado. Assim, conseguimos lançar mão das terapias complementares“, explica Regina. “Muitas dessas práticas estão associadas ao relaxamento, que é exatamente a outra ponta da ansiedade muito comum durante um tratamento de câncer”, frisa.

Chamadas antes de alternativas, as terapias complementares são cada vez mais estudadas na oncologia e na medicina em geral. Tanto que hoje sabe-se que é de extrema importância que o paciente se sinta mais ativo, mesmo durante o tratamento. Com os grupos, eles percebem que mesmo com a doença, eles podem encontrar momentos de saúde e tomar as rédeas do tratamento. A lógica é que quando se estimula uma resposta de relaxamento, imediatamente há queda de adrenalina. Quando isso acontece há aumento de imunidade, fazendo com que a incidência da infecção seja menor, a alimentação, o sono e o humor sejam melhores.

FOTO: Shutterstock.com

Resultados positivos

A oncologista Maria Lúcia Martins Batista explica que a grande maioria dos estudos sobre medicina integrativa mostra uma resposta muito boa no controle da ansiedade, estresse, modulação da dor, distúrbios do humor, do sono. São ferramentas que permitem que a pessoa olhe para si, passo importante para a qualidade de vida, principalmente durante um tratamento. Isso porque, muitos pacientes subestimam quão dramaticamente o câncer pode afetá-los, seja do ponto físico ou emocional. “O paciente precisa estar preparado para receber o tratamento, tomar as rédeas da situação. Ele não deve ter uma posição passiva, sem protagonizar aquele momento, sem entender ou refletir o que está acontecendo com ele”, comenta Daniela Moraes, acupunturista, nutróloga e médica antroposófica.


“Sou oncologista há mais de 30 anos e percebi que é preciso tratar o paciente como um todo. Focar na doença e em seus efeitos colaterais é algo sistemático demais. É preciso focar no todo, em como o paciente poderá se fortalecer para enfrentar a doença, pois eu acredito que a doença e a cura estão dentro das pessoas. E quem pode alavancar isso? O médico. Mas para isso é preciso uma troca, uma convivência para conhecer a força e a fraqueza de cada paciente”, Maria Lúcia Martins Batista, oncologista


 

Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Daniela Moraes, acupunturista, nutróloga e médica antroposófica do Oncocentro, de Minas Gerais; Maria Lúcia Martins Batista, oncologista do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB) e Regina Chamon, hematologista e médica especializada em medicina integrativa do Centro Paulista de Oncologia (CPO)

 

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