A correria do dia a dia, que impede muita gente de almoçar ou jantar em casa, não pode (e nem deve) servir de desculpa para uma alimentação desregrada. Trocar a refeição por algum tipo de fast-food ou comida congelada é uma prática bastante condenada pelos especialistas, já que são opções carentes de nutrientes e, como se não bastasse, com calorias a mais.
Para quem não tem tempo de comer em casa, mas não abre mão de uma refeição saudável, restaurantes passam a ser mais indicados — desde que, claro, você monte o prato com atenção aos alimentos escolhidos. Outra solução é preparar sua própria comida e carregá-la em uma marmita para esquentar mais tarde. As vantagens? Além de uma refeição preparada de acordo com seu programa alimentar, ainda acaba saindo bem mais barato e apetitoso!
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Acerte na sua marmita
De início, pode parecer um pouco trabalhoso aderir à marmita, mas é só uma questão de costume. Com o tempo, torna-se parte de sua rotina e você aprende a se planejar para os dias seguintes — tem quem prepare toda a comida para a semana inteira no domingo, por exemplo. Certos passos são valiosos:
1- Escolha bem: há alimentos que estragam mais rápido do que outros. Maionese, por exemplo, é um item pouco recomendável após um tempo fora da geladeira. Frituras murcham e perdem toda a sua consistência, além de não serem saudáveis. Receitas com molho impedem que a carne ou o macarrão fiquem ressecados. Já peixes apresentam um odor bastante forte, que irá se estender para os acompanhamentos (e também deixará seu cheiro característico no micro-ondas, se for essa sua opção para esquentar o prato).
2- Armazene corretamente: para quem não dispõe de muito tempo para cozinhar, preparar logo de uma vez uma panela inteira de feijão, arroz ou outra receita facilita muito. O que for ingerir no dia seguinte pode ficar na geladeira. No entanto, o restante precisa ser congelado: “Guarde no freezer ou no congelador. Neste último, os alimentos duram menos tempo, pois a temperatura não é tão baixa”, alerta a nutricionista Priscila Di Ciero. Para não ficar congelando e descongelando o mesmo alimento repetidas vezes, guarde pequenas porções em potes separados — podem ser vários com arroz, feijão e carne juntos, ou em recipientes que já vem com divisórias para cada ingrediente. Colocar etiquetas indicando as datas evita que você se confunda.
3- Como transportar: o ideal é que, no trajeto de casa para o trabalho, você carregue a comida em uma bolsa térmica. Procure deixá-la na sombra ou até mesmo usar gelo ou pacotes de gel congelado para conservar a temperatura. Uma vez que chegue ao local desejado, coloque sua marmita na geladeira. Mesmo assim, a recomendação é evitar deixar sua refeição por mais de duas horas sem refrigeração. Latas de atum ou sardinha, frutas secas, oleaginosas e frutas in natura podem ser transportadas sem levar em conta a temperatura.
4- Para esquentar: o forno micro-ondas deixa tudo mais prático, mas lembre-se de que existem recipientes especiais para isso. Os de vidro são os mais indicados de todos, tanto para transporte quanto para esquentar. Carregue a salada separadamente — afinal, ela não precisa ser esquentada — e, depois de temperar, acrescente ao prato. Para esquentar molhos na panela, misture uma pequena dose de água, o suficiente para que não fiquem ressecados e nem altere o sabor. Se preferir, esquente em banho-maria, o que demora um pouco mais.
Consultoria: Priscila Di Ciero, nutricionista