De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em abril do ano passado, os smartphones ultrapassaram os computadores como forma preferida dos brasileiros de se conectarem a internet e estão presentes em 80% das casas. O hábito de manter-se muito tempo no celular gera consequências para a saúde do indivíduo como dor na coluna e alteração do relógio biológico, malefícios que chegam silenciosamente. Saiba mais sobre os males que o uso excessivo de celular pode causar à coluna e à saúde.
Modo silencioso
“As pessoas passam muito tempo com o pescoço curvado por causa dos smartphones, algo que a médio e longo prazo compromete a coluna de forma silenciosa e, normalmente, só procurarão um médico quando já estierem sentindo uma dor mais aguda e constante”, afirma Alberto Croci, ortopedista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O tratamento varia de pessoa para pessoa, mas atividades como natação, pilates e ioga auxiliam na recuperação. O mais importante, alerta o especialista, é ficar vigilante quanto à postura e, ainda que pareça impossível para alguns, reduzir ou cortar o tempo de uso do celular por um determinado tempo pode ser o primeiro passo para reverter o quadro clínico. Caso abrir mão do celular não seja uma opção, o médico indica se policiar e usar o aparelho na altura dos olhos, evitando ficar de cabeça baixa e, de preferência, com os braços sem apoio, para não sobrecarregar a coluna.
Mais problemas causados pelo uso excessivo de celular
Outro problema decorrente do uso abusivo do smartphone é a alteração do relógio biológico. “Usar o celular antes de dormir impede que a melatonina, o hormônio do sono, seja liberada pelo cérebro, fazendo com que o organismo pense que ainda não é hora de dormir e permaneça em estado de alerta. Esse hábito interfere diretamente no tempo de descanso e pode gerar insônia, alterando o relógio biológico do indivíduo”, explica Milton Ciongoli, oftalmologista da BP. Ele acrescenta que o adiamento da hora de dormir faz com que o sono REM – fase do sono com maior atividade cerebral – seja mais curto, dando a sensação de uma noite mal dormida. “Fadiga ao longo do dia, déficit de atenção, dores de cabeça, irritabilidade e estresse são sintomas esperados dentro desse quadro insônias e noites mal dormidas”, afirma o médico. Por isso, a busca pelo equilíbrio de viver on e off-line é a chave para uma relação mais saudável com o smartphone.
FONTE: Alberto Croci, ortopedista e Milton Ciongoli, oftalmologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
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