Hoje, o ator Edson Celulari revelou que está com câncer, diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin, um tipo raro de câncer que tem origem no sistema linfático. Segundo o Dr. Ricardo Bigni, hematologista do grupo COI e do INCA, os Linfomas Não-Hodgkin incluem mais de 30 tipos diferentes, que podem ser agrupados de acordo com a velocidade de crescimento e progressão da doença. O número de casos praticamente duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas acima de 60 anos, por razões ainda não definidas.
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Como identificar a doença
Os Linfomas Não-Hodgkin são agrupados de acordo com o tipo de célula linfóide, se linfócitos B ou T. Também são considerados tamanho, forma e padrão de apresentação na microscopia. Para tornar a classificação mais fácil, os linfomas podem ser divididos em dois grandes grupos: indolentes e agressivos.
- Linfomas indolentes: têm um crescimento mais lento. Os pacientes podem apresentar poucos sintomas por vários anos, mesmo após o diagnóstico. Porém, a cura nestes casos é menos provável do que nos pacientes com formas agressivas de linfoma.
- Linfomas agressivos: podem levar rapidamente ao óbito se não tratados, mas, em geral, são mais curáveis.
Os linfomas indolentes correspondem aproximadamente a 40% dos diagnósticos, e os agressivos, aos 60% restantes.
Sintomas do linfoma não-Hodgkin
Quando diagnosticada no início, a doença apresenta grandes chances de cura. Seus principais sintomas são:
- Aumento dos gânglios do pescoço, axilas e/ou virilha;
- Sudorese noturna excessiva;
- Febre;
- Prurido (coceira na pele);
- Perda de peso inexplicada.
Tratamento
Não é fácil fazer o diagnóstico desse tipo de câncer. São necessários vários exames, como biópsia através de incisão da pele, punção, aspiração de medula óssea, punção lombar (retirada do líquido que banha o cérebro e a medula espinhal), radiografia no tórax, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética.
A quimioterapia consiste na combinação de duas ou mais drogas, sob várias formas de administração, de acordo com o tipo de Linfoma Não-Hodgkin. A radioterapia é usada, em geral, para reduzir a carga tumoral em locais específicos, para aliviar sintomas relacionados ao tumor, ou também para consolidar o tratamento quimioterápico, diminuindo as chances de recaída no organismo.
Já para os linfomas com maior risco de invasão do sistema nervoso (cérebro e medula espinhal), faz-se terapia preventiva, consistindo de injeção de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal, e/ou radioterapia que envolva cérebro e medula espinhal.
Outros casos
Em 2009, tanto a presidente afastada Dilma quanto a novelista Glória Perez foram diagnosticadas com o linfoma. No caso da presidente, o tumor foi detectado na axila esquerda. Já em Glória foi encontrado na tireoide. Elas passaram por sessões de quimioterapia, perderam os cabelos, mas deram a volta por cima.
Reynaldo Gianecchini também foi diagnosticado com a doença em 2011, aos 38 anos.
A incidência do linfoma não-Hodgkin é mais comum em homens e aumenta progressivamente com a idade.
Para mais informações, acesse o site do INCA (http://www.inca.gov.br/)