Para quem anda tendo problemas com algum superior, a solução passa pela inteligência emocional, como garante o consultor Daniel Furtado: “As relações interpessoais envolvem emoções e a razão. Logo, entender as demandas da liderança problemático e os objetivos da empresa, além de manter-se focado nos resultados, dedicando-se profissionalmente à atividade, fazem parte de um conjunto de ações que tendem a neutralizar o comportamento do superior”.
Não se trata de esperar por um cenário em que comandante e comandado vivam às mil maravilhas. No entanto, com uma dose extra de preparo, o segundo enfrentará com mais segurança possíveis conflitos: “O profissional emocionalmente maduro sabe posicionar-se na relação de forma assertiva e nunca submissa, focando soluções, fazendo com que a liderança entenda o indivíduo como um aliado que agrega valor ao trabalho, sendo dessa forma, respeitado”, confirma Daniel.
Quem hoje está começando a carreira, muito provavelmente no futuro terá a chance de liderar e experienciar o outro lado da moeda. Situação em que tudo aquilo que se vivenciou antes não pode ser esquecido, servindo de repertório para não repetir as falhas dos antigos chefes: “Liderar diz respeito a relacionar-se com pessoas, buscando o tempo todo motivar a equipe, ajudando-a a liberar seus talentos, e conseguir o comprometimento em propósitos comuns”, lembra o consultor.
Então, o caminho é não deixar o poder subir à cabeça, lembrando que ter autoridade não é o mesmo que autoritarismo, como aponta o coach: “O bom líder é um indivíduo que sabe ouvir, se interessa pelos membros de sua equipe e consegue alinhar as necessidades da empresa com as dos seus membros, buscando a justiça na condução das atividades, mantendo relações amistosas e profissionais, equilibrando emoção e razão”.
No papel de chefe ou não, saber lidar com possíveis críticas será essencial – principalmente, quando elas realmente tiverem fundamento. Outro mandamento é nunca se acomodar em uma zona de conforto, considerando-se insubstituível para a organização (pecado que tornou-se ainda mais mortal no mundo atual, com tudo se transformando a uma velocidade nunca vista).
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Texto e entrevista: Marcelo Ricciardi/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Daniel Furtado, consultor, palestrante e coach pessoal e profissional