Esse é um assunto que vem atormentando a vida dos pais há tempos. Mas, se seu filho costuma jogar games com conteúdo violento, saiba que esses jogos não irão torná-lo uma criança violenta: é o que diz uma pesquisa publicada na revista científica Psychology of Popular Media Culture em agosto de 2016.
Realizado com crianças de 12 anos, o estudo mostrou que os games têm menos influência sobre as reações infantis do que se imaginava. Isso porque o comportamento de 304 crianças britânicas foi analisado, com base em entrevistas que revelavam quanto elas estavam expostas a jogos violentos e como era seu comportamento com os amigos, na escola e na comunidade onde viviam.
Os pais também responderam esses questionamentos. A constatação foi surpreendente: ao contrário da maioria dos estudos que estuda a relação entre videogames e agressividade, os cientistas não encontraram nenhuma ligação entre um aumento de comportamentos agressivos e o envolvimento com games, mesmo que violentos. Além disso, as crianças também não apresentavam uma frequência maior de atitudes antissociais e de bullying com os colegas.
Outros tipos de jogos
A estimulação cognitiva se baseia em três pilares para pessoas de qualquer idade: novidade, variedade e desafio crescente. “Para as crianças, o lúdico é muito importante. Por isso, os pequenos podem trabalhar com jogos de tabuleiro e outras brincadeiras, como telefone sem fio, por exemplo.
Assim, eles estimulam o cérebro de maneira divertida e desafiadora”, explica a pesquisadora em processos cognitivos pela Universidade Europeia Miguel de Cervantes, de Valladolid, na Espanha, Solange Jacob.
Saiba mais
Conheça os benefícios dos principais jogos e brincadeiras
5 aplicativos de jogos para entreter e ensinar seus filhos
Vantagens dos jogos e brincadeiras para o cérebro
Texto e entrevista: Larissa Tomazini – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Solange Jacob, pesquisadora em processos cognitivos pela Universidade Europeia Miguel de Cervantes, de Valladolid, na Espanha