Para a psicanalista e pedagoga Alessandra Bizeli Oliveira Sartori, os games eletrônicos proporcionam muitos benefícios se aproveitados se jogar sem exageros. “Os jogos promove o desenvolvimento de habilidades cognitivas como a atenção, concentração, melhora no tempo de reação, raciocínio lógico, resolução de problemas, entre outras, sem falar na função terapêutica que possuem quando bem utilizados”.
Mas qual seria a “dose diária” de jogo? Um estudo conduzido pelo psicólogo experimental Andrew Przybylski, do Instituto de Internet da Universidade de Oxford, analisou pesquisas com mais de cinco mil jovens entre 10 e 15 anos de idade, e o tempo sugerido é jogar de menos de uma hora por dia.
Outro fator que chama a atenção é o tipo de game que você costuma jogar. “Não há informações ainda conclusivas para apontar a existência de jogos desenvolvidos exclusivamente para o desenvolvimento de habilidades cognitivas. Mesmo não sendo criados para este propósito específico, os jogos de entretenimento comercial são os mais eficazes para treinar cognitivamente o indivíduo, como apontam diversos estudos”, salienta o mestre em psicobiologia Tiago Eugênio.
O professor acredita que muitos jogos apontados como “desenvolvedores” da mente acabam não surtindo esse efeito. “Há diferentes aplicativos e jogos que prometem turbinar o cérebro. Mas acontece que não há evidências robustas a favor de muitos desses produtos, pois não melhoram os processos mentais dos jogadores, apenas os deixam melhores naqueles mesmos jogos”, completa.
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Texto: Thiago Koguchi – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Entrevistas: Carolina Firmino, Marcelo Ricciardi/colaborador e Thiago Koguchi – Consultorias: Ana Paula Magosso Cavaggioni, psicóloga e diretora da Clia Psicologia, Saúde e Educação; Tiago Eugênio, mestre em Psicobiologia pela UFRN, doutorando em Psicologia Evolucionista na UFRN e de Design de Games na School of Art, Game and Animation, e professor de Biologia do Colégio Bandeirantes e da pós-graduação em Neuroeducação da rede Capacita