Dormir bem é uma necessidade física, assim como comer e beber água. Porém, os distúrbios do sono atingem de 30 a 45% da população ao redor do planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e já é considerada uma epidemia, pois ameaça a saúde de forma global. Por isso, no próximo dia 17 de março é celebrado o Dia Mundial do Sono, para alertar a população dos riscos da insônia para a saúde.
Mas, afinal, o que está roubando o nosso sono?
O aumento dos casos de insônia tem várias explicações. De acordo com Fernanda Queiroz, psicóloga e neuropsicóloga, vivemos em um mundo “hiperconectado”, em todos os sentidos. “Somos estimulados, o tempo todo, a estarmos disponíveis e conectados por meio da tecnologia, o que causa agitação e realmente pode afetar a qualidade do sono, principalmente em adolescentes e adultos jovens. Neste público, as consequências podem ser graves”, explica.
Estima-se que há mais de 100 tipos de distúrbios do sono, sendo que a maioria pode ser prevenida e tratada. Entretanto apenas 30% das pessoas que têm algum problema para dormir procuram ajuda. “Há várias razões para esse baixo índice. A insônia não é caracterizada apenas pela incapacidade de conseguir dormir. Quem desperta várias vezes durante a noite e sente que o sono não foi restaurador no dia seguinte, também sofre de insônia e pode nem se dar conta disso”. A psicóloga explica que a insônia é um sintoma que pode ocorrer isoladamente ou acompanhar uma doença, como depressão, ansiedade e outros transtornos do humor.
“Para o sono ser considerado bom, ele precisa ter três características: precisa ser um sono contínuo, ou seja, sem fragmentações para recuperar o corpo do cansaço, assim como para recuperar os desgastes de órgãos e tecidos; e precisa ter uma duração suficiente para que a pessoa se sinta descansada e alerta para realizar suas atividades ao longo do dia”, explica Fernanda.
Dicas para combater a insônia
Para ajudar você dormir melhor, a psicóloga Fernanda Queiroz preparou algumas dicas para realizar a higiene do sono. Confira:
- Escolha um horário para dormir e um para acordar e procure segui-lo todos os dias
- O quarto deve ser escuro, sem aparelhos eletrônicos, com temperatura agradável
- Não consuma café, produtos com cafeína e cigarros três horas antes de dormir
- Faça refeições leves antes de dormir, evitando comidas pesadas ou de difícil digestão
- Se você tem dificuldade para dormir, evite fazer atividades físicas à noite, assim como tirar cochilos durante o dia
- Tome um banho morno e invista em chás sem cafeína, como erva-cidreira, camomila e melissa
- Escolha colchão e travesseiro adequados para seu peso e altura
Se a insônia está interferindo na sua qualidade de vida, procure médicos especialistas e psicólogos. Estudos mostram que a terapia cognitivo comportamental apresenta resultados importantes na melhora da insônia, e em alguns casos dispensa o uso de medicamentos.
FONTE: Fernanda Queiroz, psicóloga e neuropsicóloga, cofundadora da Estar Saúde Integrada
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