Viver constantemente com insegurança nas situações do dia a dia pode ocasionar sobrecargas tanto físicas quanto psicológicas. Com isso, além de momentos de indecisão, ela passará a conviver com diversos outros sintomas prejudiciais, como, em alguns casos, a ansiedade, o estresse, a exaustão, entre outros.
Efeitos da insegurança
Ao se tornar um hábito, os prejuízos podem ser ainda piores, já que o indivíduo vai perdendo a capacidade de buscar soluções para novos problemas. “O processo de estresse desgasta o lado físico e psicológico. Isso significa que ambos, associados ao controle das emoções e aos processos de natureza cognitiva, que são os responsáveis pela percepção, categorização e avaliação das situações, podem ficar comprometidos”, relata Laura.
Por outro lado, há quem apresente uma reação favorável e se adapte bem frente a essas situações negativas, além de conseguir se sobressair e evoluir em relação às dificuldades. “Algumas pessoas aprendem a utilizar a própria experiência de vida e a de familiares, amigos, entre outros, para impulsionar sua capacidade de resolução de novos problemas”, afirma Igor. Quem possui essa característica pode ser chamado de resiliente, já que desenvolve uma maior habilidade de enfrentamento, não se abalando e nem sofrendo com emoções e pensamentos desfavoráveis.
Dicas para evitar a insegurança e viver a vida leve
O desamparo aprendido limita a pessoa a não confiar na própria competência. Isso pode afetar bruscamente sua autoestima e diminuir a chance de sair dessa tempestade de pensamentos negativos. Contudo, é necessária uma motivação interna para superar essa fase, apesar de não ser uma mudança natural e simples. “Essa força, quando surge, contribui para superar adversidades, fortalecendo o indivíduo, no sentido de pautar-se pela vivência e por avaliar-se como capaz”, descreve Laura.
Para alcançar tal objetivo, é preciso alterar algumas posturas. Igor Costa Palo Mello, mestre em psicologia, dá algumas dicas. Vale ressaltar que sempre é recomendado buscar ajuda com um profissional capacitado, que poderá indicar o melhor tratamento para o caso:
– Dimensione corretamente o desafio;
– Busque o maior número de informações possíveis sobre a situação;
– Conheça seus padrões de pensamento e comportamento;
– Enfrente o problema com confiança – quanto maior, melhor.
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Texto: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Victor Santos
Consultorias: Igor Costa Palo Mello, mestre em psicologia e professor na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente (SP); Laura Cristina Alberto, professora do curso de psicologia na Universidade Anhembi Morumbi.