Não há dúvidas de que estar envolvido em projetos criativos requer uma constante inovação. E, para inovar, informação nunca é demais. Ana Flávia Farias, proprietária de uma agência de publicidade, sugere estar sempre atento a assuntos variados e fazer ligações entre eles. Por exemplo: se você está em um projeto de arquitetura, pode ler sobre paleontologia, música barroca e programação neurolinguística, assuntos distantes entre si, mas que podem influenciar na hora da criação.
“O processo cognitivo usado para associar e manipular áreas de diferentes aspectos, mesmo que de forma lúdica, desenvolve a capacidade de criação, na qual a inovação é gerada pela mistura de diversidades”, destaca a profissional.
Para o professor de neurociências em pedagogia João Rilton Franco Correia, o desafio de lidar com algo novo todos os dias é compensador, pois faz o indivíduo sair da zona de conforto e busque novas referências. “Em um projeto criativo, você precisa unir três elementos fundamentais para que sua proposta tenha viabilidade: técnica, qualidade e inovação”, afirma o especialista. Além disso, conhecer o mercado, ter bom repertório e boas referências são fundamentais para inovar sempre.
Combine boas ideias
O termo se refere à junção de ideias existentes que, quando combinadas, resultam na criatividade. A definição tem como justificativa, o fato de o ser humano, desde seu princípio histórico, ter agregado conceitos já existentes na natureza para criar novas combinações.
Como consequência, quanto mais novas combinações, mais coisas surgiam para serem combinadas. Assim, para que novas ideias sejam despertadas, é preciso ter repertório e combiná-las. Parece que a máxima do químico francês Antoine Lavoisier, de que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, também faz sentido quando o assunto é processo criativo.
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Texto e entrevistas: Natália Negretti – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Ana Flávia Farias, proprietária da empresa Laço Criativo; João Rilton Franco Correia, coordenador e professor de neurociências em pedagogia no Instituto Brasileiro de Formação de Educadores, em Campinas (SP).