Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares lideram as estatísticas de causas de morte no mundo todo, representando cerca de 30% (por volta de 17,5 milhões) do total de mortes por causas conhecidas no planeta. Veja, a seguir, quais são os principais fatores de risco para a doença.
Hipertensão
Cálculos da OMS apontam que atualmente a hipertensão arterial é responsável por cerca de 13% das mortes no mundo todo. Em números mais simples, o problema mata 7,5 milhões de pessoas por ano. No Brasil, também é a grande inimiga do coração e reconhecidamente a maior causadora de doenças no órgão. O Ministério da Saúde estima que cerca de 30% da população do país seja hipertensa. Mas, apesar de ser um problema crônico, além do uso de medicamentos, a hipertensão pode ser controlada com alimentação saudável, sem excesso de sódio, e prática regular de atividades físicas – assim, os riscos de infarto são minimizados.
Obesidade
A OMS calcula que, no mundo todo, perto de 3 milhões de pessoas morrem todos os anos em consequência do sobrepeso ou obesidade. “A obesidade visceral (abdominal) associa-se a outros fatores de risco como a hipertensão arterial, o diabetes e a dislipidemia, os principais responsáveis pelas doenças coronarianas. A obesidade aumenta em até três vezes o risco de infarto e em cinco vezes o risco de desenvolver o diabetes”, lembra o cardiologista Marco Antônio de Mattos. Esse é mais um fator possível de ser controlado, através da mudança de hábitos com a adoção de uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos.
Diabetes
Segundo a OMS, o diabetes é responsável por mais de 1,3 milhões de mortes no mundo e 60% desses óbitos estão relacionados a doenças cardiovasculares. “O diabetes é o principal fator de risco isolado para as doenças cardíacas. Quando não controlado, ele acelera o envelhecimento arterial, comprometendo as funções do coração. A artéria de um indivíduo de 30 anos que possui diabetes e não faz o controle pode ser comparada à de um indivíduo de 60 anos. Mas só para aqueles que não fazem o controle. Por isso, é importante manter sempre os níveis de glicemia nos valores ideais para evitar danos à saúde, como insuficiência renal, AVC, perda de visão, entre outros”, afirma o cardiologista Christiano Barros.
Tabagismo
A OMS calcula que 10% das doenças coronarianas são causadas pelo cigarro, incluindo aí o tabagismo passivo. Estudos americanos apontam que os fumantes correm um risco duas vezes e meia maior que os não fumantes de sofrerem um infarto. “A nicotina ocasiona aumento de radicais livres no organismo, que favorecem a deposição de gordura nas artérias”, assegura o cardiologista Roque Savioli. Ou seja, a nicotina, composto químico abundante no cigarro, age da mesma forma que o colesterol, formando placas que, aos poucos e, sem dar qualquer sinal, vão entupindo as artérias.
Colesterol
É um tipo de gordura que se liga a proteínas, presente na corrente sanguínea. As lipoproteínas mais conhecidas são LDL (de baixa densidade) e HDL (de alta densidade). Em excesso, acarreta aumento dos níveis de gordura na corrente sanguínea e consequente deposição nas paredes dos vasos, ocasionando a aterosclerose. “A aterosclerose é uma doença caracterizada pela obstrução dos vasos sanguíneos, causada pela formação de placas de ateroma, que são compostas principalmente pelo colesterol, que se acumula na parede dos vasos, provocando diminuição do seu calibre”, explica a cardiologista Viviane Cordeiro Veiga. Além do uso de medicamentos, uma alimentação saudável é fundamental para o controle da doença.
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Texto David Cintra | Consultoria Marco Antônio de Mattos, cardiologista; Christiano Barros, cardiologista; Roque Savioli, cardiologista; Viviane Cordeiro Veiga, cardiologista