De acordo com dados do Programa Nacional de Imunização/Datasus, desde 2013, a cobertura de vacinação infantil para algumas doenças, como caxumba, sarampo, rubéola e poliomielite, tem caído ano após ano, deixando o país suscetível a surtos de doenças antigas, mas fatais. O que nos leva às seguintes dúvidas: quais os fatores que levam os pais a não imunizarem seus filhos? Qual a importância da vacinação infantil?
Responsabilidade
Segundo Rosana Richtmann, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, as vacinas desempenham um papel fundamental na proteção contra doenças variadas e não existe nada mais eficaz em saúde pública do que imunização. “A vacinação é a forma mais eficaz de se prevenir. Quanto mais pessoas imunizadas, menor a chance de termos pessoas doentes. É uma questão de responsabilidade social”, conta a especialista.
A infectologista reforça que a população não pode deixar a vacinação cair no esquecimento. “Na atual realidade, as pessoas estão se esquecendo de se vacinar e também de imunizar seus filhos. Isso não pode acontecer, pois as vacinas são um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos e bacterianos, e consiste na proteção do corpo por meio de resistências às doenças que o atingiriam. Quando você se vacina, você protege todos ao seu redor”, afirma. Daí a importância da vacinação infantil.
Algumas doenças combatidas com a vacinação
São várias patologias que precisam ser prevenidas com as vacinas. Quer alguns exemplo? Sarampo, coqueluche e poliomielite ilustram muito bem essa realidade. Em relação ao sarampo, a profissional ressalta que era uma doença erradicada e que, até o ano 2000, não existia mais casos no Brasil. “É um vírus de fácil transmissão e que gera diversas complicações. As bolinhas vermelhas só aparecem dias depois da doença adquirida e a patologia começa com tosse, febre, conjuntivite, coriza, entre outros sintomas. As pessoas imaginam que é uma doença leve, mas ela pode levar a sequelas muito sérias”, explica.
A coqueluche e a poliomielite são outras duas doenças que estão preocupando os profissionais de saúde. No caso da coqueluche, Rosana afirma que houve um aumento no número de casos devido ao melhor diagnóstico que é feito atualmente pelo setor. “Apesar de ser uma doença que não foi erradicada, ela merece atenção. A vacina que protege desta patologia é a tríplice bacteriana (DTP), que também imuniza contra difteria e tétano e são oferecidas gratuitamente a partir de dois meses de idade do bebê. Ela é tão importante que está indicada para as grávidas a partir de 20 semanas de gestação, com o intuito também de prevenir a doença no feto”, reforça a especialista.
Consultoria Rosana Richtmann, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana
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