Julho é o mês reservado para o combate ao câncer de cabeça e pescoço. Dentre os dez tipos de câncer de maior ocorrência no Brasil, o tumor orofaríngeo – localizado atrás da boca e que inclui a base da língua, céu da boca, amídalas e paredes laterais – é um dos mais incidentes entre os brasileiros de até 40 anos de idade. Por exemplo, o HPV pode causar câncer de boca e de garganta, como explica o oncologista Andrey Soares. “O HPV possui alta associação com este cenário precoce, em conjunto com outros fatores como o tabagismo e o etilismo”, alerta Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – Grupo Oncoclínicas.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número de casos relacionados à infecção pelo vírus vem aumentando em homens e mulheres e a sua transmissão ocorre por meio da prática sexual sem proteção, principalmente, por intermédio do sexo oral. “O risco do desenvolvimento do tumor maligno entre jovens é grande por conta da liberdade sexual adquirida nos últimos anos”, explica o especialista.
Ainda segundo Soares, o vírus atinge de forma massiva a população feminina. Cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas terão contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus ocorre na faixa dos 25 anos.
Primeiros sinais
Os primeiros sintomas do tumor orofaríngeo podem surgir por meio de feridas que não cicatrizam na boca nos primeiros 15 dias, além do aparecimento de nódulos no pescoço. O paciente pode se queixar também de dor para mastigar ou engolir. “Esses fatores, ligados ao aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca, podem revelar um possível diagnóstico com associação ao HPV. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista”.
Outros sintomas podem estar relacionados à rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios e dificuldade na fala.
Principais fatores
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – Grupo Oncoclínicas
LEIA TAMBÉM: