De repente, sentimos uma comichão nos lábios e pronto, já está: passamos a fazer parte das estatísticas. Estima-se que cerca de 80% da população mundial seja infectada com o vírus HSV ou Herpes Simplex, responsável por infecções de pele e mucosas. O herpes labial é o mais frequente, porém, estas lesões afetam também os órgãos genitais. O dermatologista Fernando Ribas explica por que o contágio é fácil: “hoje em dia, as pessoas têm um contato mais direto, beijam-se mais, tem relações sexuais sem tabus e, como o vírus passa diretamente de pessoa para pessoa, através de pele e mucosas, a transmissão deste torna-se numa autêntica bola de neve”.
Como se desenvolve a doença?
A doença se inicia com a penetração do vírus nas células vulneráveis da pele, onde tenta se multiplicar. Na maioria das pessoas, o vírus nunca acusa sintomas, mesmo após a contaminação. Contudo, se a multiplicação destruir as células da pele, vão surgir sintomas da doença na forma de inflamação e de bolhas cheias de líquido, que secam e desaparecem sem cicatrizes. Após o quadro inicial, o vírus sai da pele para se alojar nos nervos, onde persiste. Neste momento, a infecção não é aparente.
Como tratar e prevenir
Segundo este especialista, existem medicamentos que melhoram os sintomas. “Evite beber do mesmo copo de alguém com herpes, não fazer uma exposição exagerada ao sol ou evitar beijar quem tem o vírus”, alerta. Raramente, o vírus desencadeia situações graves, a não ser em doentes com outros problemas, como os de imunidade. “Para evitar o contágio, há que apelar ao bom senso das pessoas portadoras do vírus: não deve haver proximidade de contato físico direto no local afetado no momento.”
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