Caracterizado quando algum vaso sanguíneo do cérebro entope ou se rompe, os sintomas do acidente vascular cerebral (AVC) incluem perda de força e de sensibilidade em um dos lados do corpo, boca torta e dificuldade em falar ou pensar normalmente. Um problema grave e bastante comum: no Brasil, o AVC tira cerca de 100 mil vidas todos os anos. A cada seis segundos, independentemente da idade ou do sexo, alguém, em algum lugar, morre devido a essa complicação. Preocupante, não é? Mas, a boa notícia é que há prevenção. Conheça, a seguir, hábitos simples para evitar o AVC!
Os tipos de derrames
De acordo com a neurologista Letícia Rebello, do Hospital Brasília, existem dois tipos de acidente vascular cerebral. “O mais comum é o isquêmico, que ocorre em cerca de 85% dos casos. Ele surge quando um vaso sanguíneo é obstruído por um coágulo, por exemplo. Com o fluxo de sangue interrompido, a região do cérebro que era dependente desse vaso começa a morrer. O segundo tipo é o AVC hemorrágico, que ocorre quando um vaso se rompe e o sangue extravasa pelo cérebro”, explica a especialista. Essa última condição ocorre em cerca de 15% dos casos e tem a tendência de ser mais preocupante, porque seus sintomas progridem mais rapidamente e podem levar à morte ou sequelas graves.
Dá para prevenir!
Por mais grave que seja, 90% dos casos estão ligados a fatores de risco controláveis. De acordo com Letícia, é possível diminuir drasticamente as chances de sofrer um AVC ao adotar um estilo de vida saudável, controlando a pressão arterial, o diabetes e o peso, fazendo exercícios físicos, reduzindo o colesterol e o consumo de álcool, e evitando o tabagismo.
A hora H
Quando um indivíduo começa a ter o AVC, os familiares são essenciais na percepção dos primeiros sintomas, para retratá-los de forma correta no momento do atendimento médico. Além disso, é fundamental que eles tenham anotem o horário de início dos sintomas. “É extremamente importante buscar ajuda médica nas primeiras horas do aparecimento dos sintomas. Quanto maior a demora, maiores os danos causados pelo AVC”, explica a neurologista.
Siga a campanha
Para ajudar a entender melhor o AVC e a diminuir os números assustadores, o Hospital Brasília lançou a campanha “Não seja uma estatística”, que contém vídeos explicativos e material informativo sobre os primeiros sinais de alerta. Um dos conteúdo é sobre como conseguir diagnosticar um acidente vascular cerebral:
- F de face: peça à pessoa para sorrir. O rosto está paralisado de um lado?
- F de força no braço: peça à pessoa para elevar os braços. Algum deles está dormente?
- F de fala: peça à pessoa para repetir uma frase simples. A voz está enrolada? A pessoa consegue repetir as palavras, ou é difícil de entender?
- T de tempo: hora de chamar o SAMU: se a pessoa tiver um destes sintomas o tempo é fundamental. Ligue 192 para a pessoa ser transportada para o hospital o mais rapidamente possível.
Texto: Rebecca Crepaldi/Colaboradora | Consultoria: Letícia Rebello, neurologista do Hospital Brasília
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