O glaucoma é uma doença crônica e progressiva, que pode causar danos irreversíveis a visão. Essa doença é a principal causa de cegueira irreversível no mundo e a segunda causa geral de cegueira, atrás somente de catarata. A doença atinge cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma. Porém, apenas metade sabe disso.
A oftalmologista Natália Pietra Papa explica que trata-se de uma doença do sistema nervoso óptico, caracterizada por alterações no nervo da visão e na camada de fibras nervosas da retina que causam perda do campo visual, que podem ou não ser acompanhados de pressão intraocular acima dos níveis considerados normais.
Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, a pressão intraocular normal é entre 10mmHg e 21,5mmHg, mas cada paciente responde de forma diferente a mesmos níveis de pressão.
Primário X secundário
Os glaucomas poddem ser classificados como primários, que são os sem causas identificáveis, com ângulo aberto ou com ângulo fechado, ou secundários com causas identificáveis .
Urgente!
O glaucoma primário de ângulo fechado pode ter desenvolvimento abrupto, associado à dor, embaçamento visual e olhos vermelhos. A crise aguda de glaucoma de ângulo fechado normalmente é unilateral, nesse caso deve-se procurar atendimento oftalmológico de urgência.
Secundário, mas perigoso
O glaucoma secundário ocorre quando o ângulo de drenagem é afetado por lesões, tumores, inflamações, vasos sanguíneos anormais ou uso de esteroides.
Como diagnosticar?
Em todos os casos o diagnóstico deve ser feito pelo oftalmologista através de exames clínico complementares, como a tonometria ( é a medida da pressão intraocular), a gonioscopia ( exame do ângulo da câmara anterior do olho), campo visual, paquimetria (medida da espessura da córnea) e retinografia (trata-se da fotografia da retina e do disco).
O glaucoma é uma doença crônica e lenta perfeitamente possível de se conviver, permanecendo muitas vezes estacionada com o controle oftalmológico adequado, mas se não for identificada e tratada na fase inicial, pode causar danos visuais graves e irreversíveis, pois é capaz de afetar o campo visual da periferia para o centro, de modo que o paciente só perceba numa fase bastante tardia.
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Consultoria Natália Pietra Papa, oftalmologista