Engana-se aquele que imagina que a ginástica para o cérebro só será realizada com exercícios complicados. A atividade física é uma boa aposta para o treinamento do cérebro, assim como afirma Paulo Camiz, médico geriatra e desenvolvedor do projeto Mente Turbinada. O profissional aponta, ainda, que manter-se intelectualmente ativo, por meio de leituras, contribui para o potencial cerebral.
Para Paulo, a realização de exercícios neuróbicos depende do rendimento do indivíduo que queira realizá-la. Portanto, o horário fica a critério daquele que exercitará o cérebro. Além disso, o treinamento pode ser inserido na rotina com atividades práticas, como andar pela casa estando de costas ou trocar o lugar dos objetos de uso frequente – veja mais dicas abaixo.
Atualmente, desenvolvedores de aplicativos vêm trabalhando nessa área neurológica devido a uma procura constante pelo aprimoramento do cérebro. O método criado por Paulo no programa para dispositivos móveis Mente Turbinada, demonstra que jogos que estimulam o raciocínio podem contribuir com maior capacidade cerebral quando aplicados durante o dia de maneira lúdica a fim de tornar a atividade mais prazerosa.
No dia a dia
A ginástica para o cérebro pode ser realizada em passos simples durante a rotina. Os exercícios, geralmente, proporcionam surpresas ao órgão, exigindo que o mesmo realize métodos diferentes de análise e realização da atividade. Veja a seguir como exercitar seu cérebro no dia a dia:
1 – Tome banho de olhos fechados;
2 – Utilize a mão oposta àquela que costuma se exercitar mais;
3 – Altere o percurso habitual, feito da casa ao trabalho ou faculdade;
4 – Leia! Os livros são excelentes ferramentas para imaginação e, consequentemente, para estimulação da atividade cerebral.
5 – Ande pela casa de costas – e preste atenção para não se machucar!
6 – Troque de lugar alguns dos objetos que você sempre usa;
7 – Faça exercícios que envolvam o raciocínio, como palavras cruzadas e jogo dos sete erros. “Esses exercícios buscam aprimorar especialmente o raciocínio lógico ou analítico. Além de contribuir para despertar a motivação, fortalece o interesse pelo aprendizado e aquisição de novos conhecimentos”, afirma o psicólogo Thiago Gomes.
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Texto e entrevistas: Rafael de Toledo/Colaborador – Edição: Giovane Rocha
Consultorias: Paulo Camiz, professor, médico clínico-geral e geriatra da USP e Hospital das Clínicas de São Paulo; Thiago Gomes, psicólogo e especialista em neuropsicologia pelo Departamento de Neurologia da HC FMUSP.