É possível concluir que as fobias podem ter origem no inconsciente quando quem possui o distúrbio não tem conhecimento de quais são os processos relacionados e o que causa o mal-estar físico e psicológico.
Utilizando as bases da psicanálise, é possível entender o processo da fobia, “pois essas reações não aconteceram de forma consciente por vontade da pessoa, mas sim por uma questão de mecanismos relacionados à sobrevivência humana”, explica Analu Ianik Costa, psicóloga.
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“Para o tratamento de fobias, é importante que o psicólogo e psicanalista auxiliem a pessoa a tornar conscientes esses processos inconscientes, a fim de que o medo seja racionalizado, além de também ensinarem técnicas para que ela possa controlar sozinha os sintomas assim que eles apareçam”, explica João Jorge Cabral Nogueira, psiquiatra e hipniatra.
Conforme o tratamento avançar, os sintomas vão desaparecendo e, então, o cérebro e o corpo memorizam que aquela situação, objeto ou animal não representam mais um perigo real e, assim, fazendo com que o mal-estar psicológico e físico também diminuam.
Freud explica!
A fobia pode ser explicada pelas teorias freudianas como uma causa de um mecanismo de defesa do consciente. A repressão, explicada por Freud como a supressão de tudo aquilo que o consciente julga prejudicial e, consequentemente, descartado no inconsciente, pode retornar futuramente como uma fobia.
O medo – agora reprimido no inconsciente – fica oculto até ser ativado por alguma situação que lembre à original. Assim, desenvolve-se um transtorno mental que acaba escondido do consciente da pessoa, dificultando seu acesso para tratamento.
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Consultorias: Analu Ianik Costa, psicóloga; João Jorge Cabral Nogueira, psiquiatra, hipniatra, autor do livro Autoscopia: terapia mente-corpo-quântica (Instituto Amanhecer, 2013) e presidente da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH).
Texto: Giovane Rocha/Colaborador – Entrevistas: Giovane Rocha e Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador