Connect with us

O que você está procurando?

Enquanto o medo é um fator de sobrevivência natural do ser humano, a fobia pode se transformar em um grande problema no cotidiano da pessoa.
- FOTO: Shutterstock.com

Fobia é mais do que um simples medo

Enquanto o medo é um fator de sobrevivência natural do ser humano, a fobia pode se transformar em um grande problema no cotidiano da pessoa.

Aquela pessoa que grita ao ver uma lagartixa pode não ter apenas aversão ao animal; talvez seja algo mais nocivo, como uma fobia. O medo parece um sinal de fraqueza, mas faz parte da vida do ser humano como um fator de sobrevivência em situações de possível perigo ou alerta. Porém, em um nível mais grave, no qual o indivíduo sinta o temor em momentos que não apresentam uma real ameaça, precisa ser diagnosticado e tratado, pois, caso contrário, pode se tornar um problema cada vez maior no cotidiano.

Entendendo as diferenças

O medo, por si só, não é um distúrbio. Ele precisa juntar-se à ansiedade para, assim, caracterizar um transtorno fóbico-ansioso: a fobia. Para a medicina, a fobia precisa ser diferenciada da aversão para o diagnóstico e possíveis tratamentos. É quando o medo ultrapassa o nível de uma repulsa por objetos, animais ou situações e o indivíduo não consegue apenas afastar-se e esquecer da sensação.

Segundo o psiquiatra João Jorge Cabral Nogueira, “a fobia é mais forte e aparecem sintomas que fazem mal, como ansiedade, nervosismo, falta de ar e taquicardia, que, quando associados, são denominados síndrome do pânico”.

homem fobia medo

FOTO: Shutterstock.com

Origens

A fobia pode evoluir de um trauma gerado na infância, na adolescência ou até mesmo na fase adulta, sendo mais comum em crianças pelo raciocínio lógico não tão desenvolvido. E, ainda de acordo com Nogueira, o distúrbio “pode também vir de uma memória ancestral ou passado através de gerações pelo inconsciente coletivo ou familiar. Há fobias que várias pessoas na família têm; até brincamos dizendo que é genético”.

No cérebro, a fobia está ligada à região da amígdala, que, como explica a psiquiatra Maria Cristina de Stefano, “é responsável por regular os ‘alarmes’ e o quanto devemos ficar atentos a alguma situação”. Além disso, também está ligada à redução do hipocampo e a variações na região pré-frontal. A serotonina, responsável pelo estado de vigilância cerebral, é o neurotransmissor de principal relevância na fobia e, por isso, usado na medicação.

Para enfrentar a fobia

O transtorno fóbico-ansioso necessita da atenção de todos ao redor do paciente. Familiares e amigos precisam entender o medo e respeitá-lo por mais irracional que pareça.

Maria Cristina ressalta que “há cura para fobia por meio de psicoterapias específicas e do uso de medicamentos para tratar a reação da ansiedade”. Os medicamentos são reservados para casos graves do distúrbio e, segundo Jorge Nogueira, existem ainda “as técnicas de dessensibilização e técnicas hipnóticas regressivas na busca da origem do trauma e ressignificação, que são as melhores, embora exista uma infinidade de técnicas para fobias em várias linhas terapêuticas”.

O importante é não envergonhar-se do medo e, por mais difícil que seja, enfrentá-lo.“Ter medo de cobra e viver na cidade pode ser deixado para depois, mas ter medo de elevador e trabalhar no 10º andar é complicado”, finaliza o psiquiatra.

 

Veja mais!

Conheça algumas fobias não tão comuns

Saiba como agir durante uma crise de pânico

Fobia escolar: seu filho tem?

 

Consultorias: João Jorge Cabral Nogueira, psiquiatra, hipniatra, autor do livro Autoscopia: terapia mente-corpo-quântica (Instituto Amanhecer, 2013) e presidente da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH); Maria Cristina de Stefano, psiquiatra.

Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador

Advertisement

Estilo de vida

Na hora de preparar sua refeição, uma boa ideia é fazer uma salada recheada. Além de saborosa, ela ainda é fonte de nutrientes e vitaminas.

Estilo de vida

Tirar ou não tirar a tireoide: essa questão depende do diagnóstico médico, que deve avaliar cada caso e suas variáveis. Entenda!

Estilo de vida

Veja aqui alguns transtornos da mente não tão conhecidos, mas que possuem algumas características peculiares

Estilo de vida

Apesar dos longos anos de pesquisas científicas, ainda há muitos questionamentos sobre os transtornos da mente. Tire algumas dúvidas aqui.

Estilo de vida

Um estudo sugere que a dieta paleolítica é capaz de prevenir problemas do coração, como pressão alta e colesterol elevado.

Estilo de vida

Diferente dos sempre comentados autoexames para a detecção do câncer de mama, o cuidado com a tireoide, também por meio do autoexame

Estilo de vida

O consumo regular de iogurte é capaz de trazer benefícios à saúde, como melhorar a digestão e proteger o intestino contra possíveis doenças.

Estilo de vida

O ator Luciano Szafir perdeu a irmã, Alexandra Szafir, para ELA: a esclerose lateral amiotrófica. Entenda mais sobre a doença do "Desafio do Balde de Gelo":