É por meio de brincadeiras que a criança se desenvolve física, emocional, cognitiva e socialmente. E, segundo a psicóloga Cristiane Moraes, o aprendizado dos filhos se dará justamente a partir do entrelaçamento dessas habilidades. Mas como organizar a rotina dos pequenos?
FOTO: iStock.com/Getty Images
Filhos e rotina: como administrar
A rotina da criança deve ser organizada conforme suas necessidades e prioridades. “Não é possível ter um filho e exigir que ele se adapte à rotina do adulto ou tenha uma agenda de adulto. Ao ter um filho, é preciso lembrar que ele exige cuidados, estar disposto a abrir mão de algumas coisas e reduzir o tempo gasto no trabalho e em outras atividades para se dedicar a ele”, pontua Cristiane.
Caso contrário, de acordo com a especialista, há o risco de “afogar” a criança em inúmeras atividades para que não sinta a falta dos pais, o que pode provocar estresse, depressão, ansiedade, agressividade e outros transtornos. Esses fatores, de um modo geral, atrapalham o aperfeiçoamento da inteligência nos pequenos.
O que fazer?
Se você pretende ter filhos, o ideal é que as atividades sejam prazerosas para a criança. Elas também precisam de um tempo livre para espairecer, porém o uso de eletrônicos deve ser limitado nesse período.
Na fase em que frequentam o colégio, “os pais devem ter em mente que o desenvolvimento das habilidades escolares de seus filhos são estimuladas com ações como disciplina com horários, promoção de atividades e brincadeiras, jogos em conjunto com as crianças, contação de histórias e músicas”, explica a especialista.
Os professores devem estimular os alunos a buscar respostas e orientá-los para encontrá-las. “Desta forma, ele estará amparado para aprofundar seus conhecimentos e sair do imediatismo e superficialidade que predomina na busca por conhecimento atualmente, marcada por respostas prontas e imediatas às questões colocadas pelos alunos”, afirma.
Tudo isso motivará a criança a encontrar soluções para os problemas que surgirão na vida adulta, fazendo dela um indivíduo mais preparado e, consequentemente, interpretado como inteligente por saber como encontrar respostas para seus questionamentos.
LEIA TAMBÉM:
- Crianças são mais inteligentes hoje por causa da tecnologia?
- Filhos e tecnologia: ela ajuda ou atrapalha a aprendizagem?
Texto: Érica Aguiar – Edição: Victor Santos
Consultorias: Ana Paula Magosso Cavaggioni, psicóloga na Clia Psicologia e Educação, em Santo André (SP) e pesquisadora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) do Departamento de Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade; Cristiane Moraes Pertusi, doutora em psicologia do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP).
