Filantropia: descubra os prazeres e benefícios de fazer o bem

Muito se fala sobre a importância do trabalho voluntário para quem é auxiliado, mas a filantropia também faz bem para quem a realiza

- (Foto: Shutetrstock)

Dedicar seu tempo a idosos em um asilo, vestir-se de algum personagem e ir á ala infantil de um hospital, cozinhar para moradores de rua, participar da arrecadação e entrega de brinquedos e agasalhos para pessoas carentes – e tudo isso sem nenhum intuito de lucro econômico. A filantropia visa o bem do próximo, mas também é uma excelente terapia para o bem-estar de quem a pratica.

No princípio, o vínculo do trabalho voluntário era quase que restrito à religião. Já a partir do século 20, com a chegada da Cruz Vermelha e dos escoteiros, a prática foi se difundindo. Aos poucos, a sociedade passou a abraçar causas, fez crescer o sentimento de ajuda ao próximo, bem como a preocupação pelo progresso da cidadania. Logo, trabalhos de caráter educativo, cultural e de lazer passaram a fazer parte das opções de filantropia.

Benefícios

Um estudo realizado pelo pesquisador norte-americano Allan Luks, retratado no livro The Healing Power of Doing Good (O Poder Curativo de Fazer o Bem, em tradução livre) apresenta inúmeras justificativas positivas. Entre elas, temos a contribuição na manutenção de uma vida saudável e na capacidade de diminuir sintomas de pequenas e graves doenças e distúrbios psicológicos ou físicos. A filantropia também interfere nos sentimentos de alegria, resiliência emocional e vigor, aumentando da mesma forma a autoestima e o otimismo, além de reduzir o desamparo e a depressão.

Outro aspecto também referido na pesquisa é o da liberação de analgésicos naturais do corpo, especialmente a endorfina. Assim, a euforia por ajudar é seguida por um período mais longo de calma e melhoria do bem-estar emocional, podendo durar horas e até dias em qualquer momento que o ato é lembrado. Isso leva também a uma redução de problemas relacionados ao estresse e à depressão, reduzindo o isolamento social e até mesmo auxiliando no tratamento da asma.

Fazendo a diferença

Semadar Marques é educadora e palestrante especialista em empatia, propósito de vida e inteligência emocional. Além disso, possui um projeto com moradores de rua em Porto Alegre. Para ela, o sentimento de orgulho por estar doando seu tempo para algo que irá fazer alguma diferença na vida de alguém compensa qualquer esforço. “Essa sensação de fazer a diferença na vida do outro é muito, muito boa. É a oportunidade de fazer algo com propósito, com sentido e que faça sentido”, conta.

A especialista e voluntária também comenta que a filantropia garante crescimento e maturidade emocional. “Ajudar de maneira genuína, sem esperar nada em troca, exercitar seus dons em prol de outras pessoas reforça a autoestima, ajuda o indivíduo a crescer emocionalmente, a aumentar sua capacidade de colocar-se no lugar dos outros no seu dia a dia, ampliando a sua empatia e, de alguma forma, melhorando seus relacionamentos interpessoais”.

Ajudar com o que?

ilustração de mãos e corações simbolizando ajuda

(Foto: Shutterstock)

Depois de saber o quão bom isso pode ser, você decidiu se abrir para esta nova experiência? É importante buscar algo que te faça feliz por realizar e garanta o seu melhor para o outro. Para isso, é preciso compreender em quais situação suas habilidades podem ser melhor aproveitadas. Outro ponto a se considerar é o tempo que será entregue e decidido por você. Alguns serviços exigem mais de quem o presta, outros um pouco menos. Mas fato é que não importa o tempo livre disponível, sempre haverá algo a se fazer.

Segundo pesquisa de 2011 do Ibope, 67% dos voluntários brasileiros trabalham fora em atividades remuneradas. No entanto, uma vez assumido o compromisso, não seria legal voltar atrás. Tenha em mente duas coisas: todos podem ser voluntários, valendo mesmo o desejo em ajudar o próximo, e são muitos os necessitados, em várias áreas de atuação.

As ONGs sempre precisam de auxílio, não sendo difícil encontrar aquela que encaixe melhor com suas ideias e interesses. O que vale no final das contas é você se sentir bem ajudando quem precisa, contribuindo para uma mudança da realidade de alguém. Quando o pensamento solidário floresce, todos saem ganhando.

Texto: Fabio Toledo/Colaborador

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