PFAPA é uma sigla em inglês que significa febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite. Ou seja, é quando a criança apresenta febre recorrente acompanhada de aumento de gânglios no pescoço (as populares ínguas), inflamação na garganta e aftas na boca. E para saber mais sobre esse problema, o pediatra Marco Aurélio Safadi respondeu algumas perguntas sobre a doença:
A PFAPA é comum?
Não se sabe exatamente a sua frequência, mas provavelmente é mais comum do que se imagina. O pouco conhecimento sobre a doença faz com que o seu reconhecimento se torne mais difícil.
Quem é acometido pela PFAPA e como se comporta?
A PFAPA se apresenta em crianças nos primeiros anos de vida, em geral até os 5 anos. Trata-se de uma doença benigna, que não interfere no desenvolvimento da criança, porém sua evolução é arrastada com duração de vários meses a anos.
Quais as causas da doença?
As causas da febre periódica são desconhecidas. Até o momento não se identificou causa genética ou infecciosa para explicá-la. O que se sabe é que há uma ativação periódica e temporária do sistema imunológico causando tais sintomas.
Quais são os principais sintomas?
O principal sintoma da doença é a febre recorrente, sua principal marca. Além da febre, vem acompanhada de dor de garganta, aftas e ínguas no pescoço. A duração da febre é de 3 a 6 dias, deixando a criança abatida e sem apetite, se repetindo, em geral, a cada 3 a 6 semanas. Nem todos os sintomas precisam estar presentes para o seu diagnóstico. Lembre-se, nos períodos sem sintomas, a criança não apresenta qualquer alteração.
Como confirmar a doença?
Não existe nenhum exame confirmatório. O mais importante é atentar à recorrência da febre e aos demais sintomas. Alguns exames podem ser necessários para excluir outras doenças que apresentam sintomas semelhantes, mas a suspeição aliada ao exame físico são o mais importante para o seu diagnóstico.
Qual o tratamento da febre?
Não existe tratamento específico, o mais importante é o acompanhamento da criança pelo pediatra e medicações para alívio dos sintomas como os antitérmicos comuns. O uso de corticoides administrados no início dos sintomas podem encurtar o tempo das crises.
Fonte: Marco Aurélio Safadi, parceiro da NUK e professor de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Leia também:
- Conheça os cuidados para proteger as crianças nos dias quentes!
- Receitas saudáveis para o seu filho comer muito melhor!
- Conheça quais são os alimentos proibidos para crianças e evite-os!