A biópsia é um procedimento extremamente comum na prática médica que ainda é pouco entendido pela maioria da população. Por conta disso, uma grande parcela dos pacientes nutre certo temor a respeito do exame, imaginando que ele seja dolorido, traga riscos à saúde ou que sua solicitação esteja sempre associada à suspeita de alguma doença grave.
Segundo a médica patologista e diretora da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Gerusa Biagione, a falta de informação figura como principal causa para esse medo infundado. “Quando solicitada, a biópsia é parte importante do processo de investigação de uma doença”, explica Gerusa. Então, descubra 5 fatos sobre a biópsia que todo mundo deveria saber.
1. A solicitação de uma biópsia não significa suspeita de câncer
Muitas outras patologias menos graves também podem ser diagnosticadas via biópsia, como dermatite e outras doenças de pele. Via de regra, esse procedimento é indicado sempre que há necessidade de algum tipo de esclarecimento.
2. O tamanho e o local de onde a amostra foi retirada são importantes
Os patologistas estudam muito para conseguir avaliar tipos diferentes de tecidos com base nas imagens do microscópio. Para tanto, a amostra deve ser grande o suficiente para ser analisada. Outro ponto é o local de onde ela é retirada, que deve ser exatamente aquele em que as alterações celulares e do tecido fornecerão as informações que possibilitarão um diagnóstico preciso.
3. A biópsia não precisa de um anestesia geral para ser realizada
Esse tipo de sedação só é usado quando a coleta de material precisa ser feita em uma cirurgia. Na maioria dos casos, contudo, essa retirada é mais simples, sendo feita por meio de procedimentos ambulatoriais, dentro do consultório médico.
4. Ela não é um procedimento dolorido
O nível de dor é relativo, depende do órgão e do local a ser biopsiado. Em alguns casos pode ser necessária anestesia local, enquanto em outros mais simples não há dor alguma.
5. A biópsia de medula óssea não é perigosa
Esse é um procedimento simples que é encarado com terror por muitos pacientes. A obtenção de material da medula óssea apenas requer alguns cuidados que justificam sua realização em ambiente hospitalar, como assepsia. Ainda assim, a retirada não representa riscos à saúde do paciente.
Consultoria Gerusa Biagione, médica patologista e diretora da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)
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