A ansiedade, como uma característica natural de defesa do ser humano, está presente tanto em homens como em mulheres. Porém, alguns fatores implicam em uma predominância do sentimento por parte do sexo feminino. Mas, o que é responsável por essa diferença? São as oscilações hormonais? Está em algum fator do cotidiano?
Causas
A única certeza na relação entre ansiedade e gêneros é a prevalência de casos relacionados aos transtornos ansiosos no sexo feminino. O que causa essa desproporção não é muito certo ainda para a ciência. Porém, existem algumas condições presentes nas mulheres que podem favorecer o aparecimento mais frequente de distúrbios ansiosos. Segundo o psiquiatra Hewdy Lobo Ribeiro são: “desde fatores biológicos, como a vulnerabilidade hormonal, até elementos psicossociais, como maior demanda que as mulheres são cobradas sem que deixem de fazer outras tarefas domésticas e familiares”.
A atividade hormonal é determinante em ambos os gêneros, porém características específicas delas definem períodos que podem influenciar no aumento da ansiedade. “O comportamento humano é dependente dos hormônios circulantes, provocando sintomas e momentos evolutivos nas mulheres, tais como tensão pré-menstrual (TPM), adolescência, menopausa e depressão pós-parto”, explica a psicóloga Lívia Márcia Batista.
Diferenças naturais
Uma das características fisiológicas mais marcantes que diferenciam o sexo feminino do masculino é o ciclo menstrual. As mulheres também podem ficar prejudicadas pelo alto nível de estresse e, assim sendo, da ansiedade.
Os níveis hormonais desregulados podem ser uma das consequências da ansiedade elevada. Nesse caso, não só o cortisol, hormônio do estresse, como outros importantes no ciclo menstrual, como o estrogênio, podem afetar o fluxo de sangue ou até mesmo interrompê-lo. Com esse falso atraso da menstruação, pode ocorrer mais sensação ansiosa pela consequente dúvida de gravidez.
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Consultorias: Hewdy Lobo Ribeiro, psiquiatra; Lívia Márcia Batista, psicóloga; Luciana Veloso, palestrante, professora e autora do livro Riscos Psicossociais e Saúde Mental do Trabalhador (Editora LTR, 2015).
Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador e Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador