A obesidade é considerada hoje uma epidemia mundial que pode provocar uma série de complicações físicas e psicológicas, tais como hipertensão, colesterol alto, acidente vascular cerebral, osteoporose, disfunção sexual e até depressão. De acordo com o endocrinologista Josivan Gomes Lima, de Natal (RN), o que caracteriza a obesidade como doença com necessidade de tratamento é que para ser obeso não basta ter uma alimentação errada, precisa também estar com o metabolismo alterado, hormônios e neurotransmissores desregulados, favorecendo o ganho de peso. Além de doenças, o excesso de peso traz consequências emocionais. “Baixa autoestima e depressão não são raras em pacientes obesos, além de isolamento social. Em alguns pacientes, comer de forma compulsiva pode ser o fator contribuinte da obesidade”, relata o endocrinologista. Sem contar que, se a obesidade se manifestar junto com fatores agravantes, tais como aumento de colesterol, hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo e histórico familiar de doenças cardiovasculares, a qualidade de vida dos obesos pode piorar ainda mais.
Como identificar o excesso de peso?
Para avaliar o excesso de peso é preciso fazer um cálculo que revela o seu Índice de Massa Corporal (IMC – veja como descobrir o seu na matéria da página 24). Para Josivan, apesar de falhar em relação a localização do excesso de peso (gordura visceral ou subcutânea), o IMC ainda é o melhor método para se avaliar a presença da obesidade.
Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde concluiu que no Brasil:
– A cada ano, cresce em 1% o número de pessoas com excesso de peso. No grupo dos obesos, o aumento é de 0,5% anual.
– Caso o país mantenha os atuais índices, daqui 13 anos deverá alcançar os níveis de sobrepeso e obesidade registrados nos Estados Unidos.
– Mulheres brasileiras com menor escolaridade têm percentual mais elevado e são as maiores vítimas do problema.
– O brasileiro está consumindo menos feijão, mais leite integral – com gordura – e bastante carne com gordura aparente.
– O estudo aponta ainda que somente 18,2% dos brasileiros adultos consomem cinco porções diárias ou 400g de frutas e hortaliças, quantidade recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
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