É normal que o sentimento de estresse se manifeste por conta da correria do dia a dia, já que se trata de uma reação natural do organismo. Porém, cuidado: é preciso estar atento à persistência do problema. Caso isso aconteça, é primordial procurar ajuda especializada, já que o estresse pode desencadear problemas de saúde distintos.
Quando o corpo sente
Crises alérgicas: essas doenças podem ter vários gatilhos nos indivíduos predispostos geneticamente, sendo que o estresse pode ser um deles. “Não é uma relação direta, mas o estresse pode mexer com o sistema imune e, eventualmente, piorar a crise ou deixar a pessoa mais suscetível. A causa não é o estresse, mas ele pode desencadear algo quando já havia uma predisposição genética”, diz Yara Arruda Mello, alergologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim.
Complicações estomacais: sabia que os hormônios responsáveis pelo estresse podem colaborar com o aparecimento de incômodos como diarreia, refluxo gastroesofágico e outros problemas relacionados ao estômago? “Os mesmos hormônios estimulam também os movimentos do colón, acelerando a passagem do conteúdo intestinal. Além disso, o estresse crônico pode manter os níveis de cortisona altos, que pode gerar apetite e, portanto, ajudar a aumentar o peso corpóreo”, frisa o psiquiatra Leonard Verea.
Imunidade baixa: “Ele prejudica a funcionalidade do sistema imunológico, tornando o organismo mais exposto às doenças infecciosas. O sistema imunológico responde às infecções liberando substâncias que provocam inflamações. Em em resposta, as glândulas suprarrenais produzem cortisona, que ‘apaga’ a resposta inflamatória quando desaparece o episódio infeccioso”, explica Leonard.
Sistema nervoso: os hormônios responsáveis pelo estresse são os mesmos que causam a sensação contínua de ansiedade, problema que também pode prejudicar o organismo. “Ela pode ter como origem o aspecto emocional ou mental, às vezes, os dois campos. Cada caso deve ser observado detalhadamente para que se possa estabelecer um parâmetro. Há, no entanto, nesses dois aspectos (emocional e mental), a necessidade de se observar a frequência e a motivação. Se o estado de ansiedade passar a ser diário, pode se tornar um hábito e isso é um sinal de alerta”, afirma o psicoterapeuta Robby Ares.
Consultoria Leonard Verea, psiquiatra; Robby Ares, psicoterapeuta; Yara Arruda Mello, alergologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim
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