A prática da meditação tem grandes resultados ao nos mostrar caminhos para fugir das cobranças e preocupações diárias. Com uma origem ligada às experiências espirituais, o exercício se espalhou por todo mundo ao longo da história, e hoje conta com diferentes métodos para ser realizada, como as meditações Zazen, Kihin, Vipassana e Transcendental.
Segundo Beatriz Del Picchia, especialista em atenção e práticas meditativas, cada tipo se relaciona com as particularidades de seu local específico. “Embora todos os budismos tenham a mesma base, o Budismo zen japonês foca mais no estado de silêncio mental, e o Budismo tibetano apresenta, além dessa, meditações que buscam a identificação com deidades”, exemplifica.
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Para entender as diferenças entre as práticas, Beatriz explica que diversos estados mentais são classificados como meditação, e os elenca em cinco categorias principais:
1• estado de consciência centrado em um único objeto;
2• estado de relaxamento físico e emocional;
3• estado mental que busca a identificação com uma deidade, um princípio, uma qualidade ou uma imagem;
4• estado de silêncio mental onde não há pensamentos ou sensações;
5• estado de dissociação em que podem acontecer fenômenos de transe.
“Esses tipos podem ser combinados sequencialmente. Por exemplo, do relaxamento físico passa-se para a atenção em um objeto; depois, para a identificação com uma deidade e daí para o vazio mental”, completa a especialista.
Como escolher a meditação ideal
Dentre tantas variações, não é fácil saber qual será a melhor para nós mesmos. Dessa forma, Picchia esclarece que esse processo de escolha será consolidado através da tentativa, mas é importante ser cauteloso em alguns pontos.
“Identificar o tipo mais adequado para cada um não é uma questão teórica, e sim prática. Minha sugestão é: experimente. Procure um grupo que ensine, mas atenção! Esse assunto está na moda e por isso, infelizmente, existem muitos ‘instrutores de meditação’ que não têm base nenhuma e podem confundir em vez de ajudar. Então, pesquise, veja referências”, elucida.
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Texto e entrevista: Angelo Matilha Cherubini/Colaborador – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Beatriz Del Picchia, especialista em atenção e práticas meditativas