Dados divulgados pelo IBGE apontam que a taxa de pessoas sem emprego ficou em 11,2% no primeiro trimestre deste ano. Você faz parte desse índice? Sabe o que fazer para organizar seu dinheiro e fugir das dívidas? Reinaldo Domingos, mestre em educação financeira, dá orientações sobre como se planejar e não se desesperar diante do desemprego.
1- Atenção ao FGTS
Caso perca o emprego, cuidado com a sua primeira ação. Se estiver endividada, por mais que pareça correto querer quitá-las com o dinheiro do fundo de garantia (FGTS), isso pode ser um erro, pois, se usar muito dessa reserva, poderá não ter como cobrir gastos à frente. Então, planeje-se melhor em relação a esses valores antes de tomar qualquer medida.
2- Reserva emergencial
O desempregado tem precisa ter dinheiro guardado para as despesas, mas, eventualmente, para investir também num curso, por exemplo, para melhorar seu currículo. Então, guarde os valores ganhos de fundo de garantia, seguro desemprego e férias vencidas. Esse dinheiro só deverá ser gasto após pensar num plano enquanto não arrumar outro serviço.
3- Analise sua realidade
É fundamental que você tenha total domínio de seus gastos e ganhos nesse momento, ou seja, deve saber o valor que possui guardado e somar com o que será ganho. Também deve fazer um levantamento de todos os gastos mensais, minuciosamente, desde cafezinho até parcelas da casa própria: nada deve passar despercebido!
4- Esqueça as ferramentas de crédito
Cartões de crédito, cheque especial, cartão de lojas e outras ferramentas de crédito fácil devem ser prioritariamente cortadas de sua vida. Evite mesmo em situações de emergência, pois, caso não consiga pagar esses valores, os juros serão exorbitantes, criando um caminho de dívidas de difícil solução.
5- Faça uma faxina financeira
O que realmente é prioridade para a sua vida? Pense muito bem nessa questão, pois chegou a hora de cortar muitos gastos que não são indispensáveis ao seu dia a dia, como TV a cabo, celulares pós-pago, baladas e gastos supérfluos. Priorize gastar apenas com o que é realmente é fundamental nesse período.
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6- Mude seu padrão de vida
“Pode parecer difícil, pois você já se acostumou com um monte de regalias. Mas diante do desemprego é hora de reestruturação, e não de manter a pose. Lembre-se de que, nos momentos de dificuldade, a humildade é um diferencial. Então, o primeiro passo para mudar sua realidade é aceitar que seu padrão de vida mudou, e não viver de aparências e luxo”, aconselha o especialista.
7- Fuja dos exploradores de plantão
Infelizmente, por mais que seu momento seja de desespero, existem pessoas mal-intencionadas prontas para se aproveitarem dos seus temores. “Não permita abusos, pois muitos tentarão tirar proveito de sua fraqueza para tentar obter vantagens. Evite promessas e garantias descabidas. Às vezes, é melhor estar com o nome sujo do que ser explorado por oportunistas”, sugere Domingos.
8- Faça “bicos”
Por mais que não seja em sua área de atuação, busque fontes alternativas de renda. Chegou a hora de deixar o orgulho de lado e buscar garantir um mínimo de renda, mesmo que seja num cargo inferior ao que ocupava antes.
9- Negocie as dívidas
Chegou a hora de buscar os credores e ser o mais franca possível. Mostre que não quer se tornar inadimplente, mas que também não possui condições de pagamento, buscando, assim, diminuir os juros e esticar os prazos. Lembre-se sempre de priorizar dívidas com juros mais altos e que tenham bens como garantia.
10- Supere e busque outro emprego
Agora é hora de buscar o mais rápido possível a recolocação profissional. Use seus contatos, atualize seu currículo e se posicione como alguém que está à espera de recolocação no mercado. “E nunca se esqueça que as oportunidades geralmente aparecem para quem não fica parado e vai atrás delas”, finaliza.
Texto: Jussara Tech
Consultoria: Reinaldo Domingos, educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin). DSOP Educação Financeira. www.dsop.com.br