Esclerose lateral amiotrófica: você já ouviu falar dessa doença?

Esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como ELA. Conheça os principais sintomas e o que causa essa doença de nome tão difícil

- A esclerose lateral amiotrófica é uma doença progressiva e não tem cura. FOTO: Shutterstock

Quem não se lembra do desafio do balde de gelo que movimentou as redes sociais no ano de 2014? Pois bem, ele não era só uma brincadeira divertida. Na verdade, o desafio era uma forma de chamar a atenção para esse tipo de doença, ainda sem cura e pouco conhecida entre a população, além de arrecadar doações para a ALS Association, uma organização sem fins lucrativos que arrecada fundos para pesquisas e para ajudar pacientes com esclerose lateral amiotrófica. A ELA afeta principalmente os neurônios e as fibras situadas na parte lateral da medula, responsável pelo controle dos movimentos corporais. Segundo a médica Cristiane Gussi, os sintomas da ELA são decorrentes da deterioração do neurônio motor e podem causar fraqueza, atrofia muscular, câimbras, dificuldade na fala, entre outros prejuízos. O diagnóstico é clínico e a ressonância magnética com difusão tem auxiliado na descoberta dos pacientes com a doença. “O tratamento e os cuidados com o paciente dependem da evolução do quadro clínico e os medicamentos visam controlar a resposta imunológica anormal”, comenta o neurocirurgião Eduardo Barreto.

Por que acontece?

É uma doença que acarreta paralisia motora progressiva e irreversível, contudo, não afeta a capacidade intelectual e cognitiva. O principal sintoma é a fraqueza muscular, acompanhada de endurecimento dos músculos e atrofia muscular. Em alguns casos, a esclerose lateral amiotrófica (ELA) é causada por um defeito genético, porém, na maioria deles, a causa é desconhecida. O problema pode ser diagnosticado por meio de exames que descartem outras doenças, teste genético e avaliação clínica. O tratamento demanda uma equipe multidisciplinar, que pode recomendar medicamentos para reduzir a velocidade da progressão da doença.

A esclerose não tem nenhuma ligação com a demência.

A esclerose não tem nenhuma ligação com a demência. FOTO: iStock.com/Getty Images

Engano recorrente

A esclerose não evolui para a demência ou tem sintomas de incapacidade intelectual. Apenas alguns casos de ocorrências isoladas de esclerose lateral amiotrófica (ELA), em que poucos pacientes possuem sintoma de demência associada. Então, por que o engano entre doenças tão diferentes? “Talvez a confusão mais comum ocorra com a expressão popular ‘ficar esclerosado’, que se refere às pessoas, geralmente mais idosas, que começam a apresentar progressivamente perda de memória e capacidade de se cuidar sozinhos”, sinaliza a neurologista Vanessa Muller. Para ela, essa ideia vem do termo aterosclerose, doença das artérias comum em idosos e que não contempla a ELA, mas sim a causa mais comum de demência adquirida através de lesões cerebrais em decorrência de derrames. “Essas alterações vão se somando e estão associadas a uma história de declínio da competência cognitiva”, destaca.

 

Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Eduardo Barreto, neurocirurgião; Vanessa Muller, neurologista; Cristiane Gussi, médica

 

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