Atualmente, computadores e outros dispositivos já conseguem reproduzir aspectos do comportamento inteligente humano como a habilidade de fazer cálculos matemáticos e reconhecer outras línguas. É a chamada inteligência artificial, termo que desperta curiosidade e atrai interesse dos fãs de ficção científica – embora seja algo extremamente real e aplicado no dia a dia.
Inteligência artificial: o que é?
Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Flávio Corrêa, atualmente, a inteligência artificial tem sido utilizada em diversas áreas. “Existem sistemas baseados em inteligência artificial para detectar comportamentos suspeitos em uso de cartões de crédito, para controlar de forma autônoma robôs móveis (como, por exemplo, as sondas enviadas a outros planetas), para controlar personagens em alguns jogos de computador e para analisar interesses de consumidores e sugerir novos itens para compras em lojas virtuais”, exemplifica Flávio.
A IA, como também é conhecida, começou com um sistema de raciocínio lógico para a resolução de jogos. “Um dos primeiros grandes desafios da inteligência artificial foi para ganhar de uma pessoa no xadrez, no caso, o campeão Kasparov”, conta Fernando Osório, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos (SP).
Embora a inteligência artificial tenha aparecido com a invenção do computador – antes chamado de cérebro eletrônico –, o termo só surgiu em 1956, durante um congresso realizado nos Estados Unidos no Dartmouth College. “Houve um encontro de pesquisadores, entre eles Marvin Minsky, que tem várias obras e livros da área de inteligência artificial. Foram eles que deram o nome”, relata Fernando Osório. “Inicialmente, o interesse principal foi de natureza científica e, posteriormente, resultados tecnológicos foram reforçando e realimentando a área”, finaliza Flávio.
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Texto: Érica Aguiar – Edição: Victor Santos
Consultoria: Célia Cortez, psiquiatra, neurocientista e presidente da Associação Brasileira de Hipnose (ASBH); Fernando Santos Osório, docente do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos; Flávio Soares Corrêa da Silva, professor associado do Instituto de Matemática e Estatística da USP em São Paulo; João Alexandre Borba , master coach trainer e psicólogo; Mendel Suchmacher, membro do American College of Physicians.