A endometriose é considerada a doença da mulher moderna, que está adiando a maternidade e, consequentemente, tendo um número maior de menstruações. Estima-se que atinja de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva e que 40% de pacientes com dificuldades para engravidar, tenham endometriose.
No Brasil, em torno de 6 milhões de mulheres são portadoras da doença. Denominamos endometriose quando o endométrio, a camada que reveste a parte interna do útero, atinge outros locais como trompas, ovários, superfície do reto, septo reto-vaginal, ligamentos do útero, bexiga e parede da pelve.
A dor é o principal sintoma da doença, que pode aparecer no período menstrual. Com o avanço da doença, é possível sentir dores em qualquer período do mês, ao ter relações sexuais e ao fazer suas necessidades fisiológicas, por exemplo. Para que houvesse uma uniformidade de informações entre os pesquisadores e médicos, a Associação Americana de Fertilidade elaborou uma classificação em graus de 1 a 4 para melhor entendimento sobre a endometriose.
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O tratamento depende de alguns fatores, como os sintomas, o desejo ou não de engravidar, idade e os locais acometidos. Pode-se realizar o tratamento clínico, dependendo do caso, com medicamentos hormonais ou com a colocação de endoceptivo uterino para a supressão da menstruação, além de analgésicos para o alívio das dores. O tratamento mais importante é o cirúrgico, feito através da videolaparoscopia, que consiste na remoção dos tecidos afetados, retirada de cistos ovarianos, entre outras coisas.