Principal causa de morte por doenças cerebrovasculares no Brasil, o AVC ainda é uma incógnita para muitas pessoas. Entenda mais sobre ele!
por Redação Alto Astral
Publicado em 14/06/2017 às 15:30
Atualizado às 15:30
Uma pesquisa realizada pela USP de Ribeirão Preto com cerca de 800 pessoas revelou que apenas 15% sabia o significado da sigla AVC. A maioria atribuía sintomas diversos ao problema, que indicavam para outras 32 doenças. Esses números mostram que, embora comum, o Acidente Vascular Cerebral ainda é desconhecido e desperta dúvidas. O neurologista Leonardo Dornas de Oliveira esclarece as questões mais frequentes!
Derrame cerebral é como o AVC é popularmente chamado. Na verdade, é uma alusão a um dos tipos da doença, que significa Acidente Vascular Cerebral. Ocorre quando uma artéria que irriga o cérebro sofre ruptura ou obstrução, prejudicando o fluxo sanguíneo e o fornecimento de oxigênio e nutrientes para o órgão. O acidente danifica a região lesionada e pode deixar sequelas.
Depende. Existem dois grupos de riscos que podem ocasionar o AVC, os não modificáveis e modificáveis. O primeiro refere-se aos fatores idade, hereditariedade, sexo e raça, que não podem ser prevenidos ou alterados. Já os modificáveis enquadra fatores que podem ser alterados por meio de alimentação saudável, atividade física, tratamento de doenças e abandono do tabagismo, por exemplo. Farelo de aveia, sementes de linhaça, sardinha, abacate, azeite de oliva, nozes, frutas vermelhas, feijão-preto, brócolis e chá verde são os dez alimentos mais benéficos para o sistema cardiovascular 1 e que devem ser incluídos na dieta.
A atividade física é um dos fatores preventivos do AVC em casos onde não existe hereditariedade. FOTO: Shutterstock
Hipertensão arterial (a principal causa dos AVCs, tanto isquêmicos, quanto hemorrágicos), diabetes, alterações dos níveis de colesterol e de triglicérides, tabagismo, sedentarismo, obesidade e doenças cardíacas,
como problemas das válvulas do coração ou infarto do miocárdio. “O uso de anticoncepcional oral também é um fator de risco”, conta o neurologista Leonardo Dornas de Oliveira.
Quando um dos vasos sanguíneos no cérebro fica obstruído, a região que deveria ser irrigada é privada
de oxigênio, acarretando a morte de diversas células, especialmente os neurônios. A esse quadro chamamos de acidente vascular cerebral isquêmico (que representa mais de 85% dos casos). Já o acidente vascular cerebral hemorrágico, como o nome sugere, diz respeito ao rompimento de alguma artéria, que provoca coágulo ou hemorragia, causando falência no tecido cerebral.
A Sociedade Brasileira de Hipertensão considera que 40% das mortes por AVC podem ser atribuídas à hipertensão, que atinge cerca de 24,4% da população adulta. A pressão alta pode, ao longo do tempo, desenvolver a aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos que interrompem a circulação). Também fragiliza os pequenos vasos do cérebro, deixando-os suscetíveis ao rompimento e sangramento.
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Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Leonardo Dornas de Oliveira, neurologista
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