Dormir bem durante a noite não é a única forma do sono ajudar a fixar memórias. Um estudo feito pela Univesidade de Saarland, na Alemanha, revelou que tirar sonecas de até uma hora após um intenso processo de aprendizado pode melhorar fixação das informações. No estudo, 41 voluntários foram submetidos a sessões de memorização de palavras.
Depois, metade tirou uma soneca, enquanto o restante assistiu a um vídeo. O resultado mostrou que aqueles que dormiram tiveram uma memorização significativamente melhor que os demais participantes. “Mesmo um sono curto, com duração de 45 a 60 minutos, produz uma melhoria de cinco vezes na recuperação de informação a partir da memória“, conta Axel Mecklinger, supervisor da pesquisa.
Prestar mais atenção é um caminho
Não tem jeito: quem quer fixar uma informação ou algum momento precisa prestar atenção, como explica Katayama: “Para guardar informações importantes é necessário parar, prestar atenção, compreender e repetir. Esse processo aumenta a eficiência de nossa memória”. O pesquisador americano Daniel L. Schacter, da Universidade de Harvard, defende que um dos fatores que atrapalham a memorização é a distração, que é a causa mais provável das falhas de memória diárias, como esquecer onde colocou as chaves ou o nome de alguém que acabou de conhecer. Além disso, estudos cognitivos mostraram que dividir a atenção no momento da codificação reduz a memorização de informações, mesmo que elas sejam o alvo. Por isso, criar um ambiente que evite distrações e o foco na informação que se deseja fixar pode facilitar o processo de codificação da memória.
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Texto: Redação Edição: Angelo Matilha Cherubini
Consultoria: Marcelo Katayama, médico cirurgião e terapeuta.